Devota de Nossa Senhora Aparecida conta história de milagre

Conhecida como protetora e padroeira do Brasil, a aparição de Nossa Senhora Aparecida completa 305 anos no mês de outubro, e no dia 12, a data é dedicada especialmente para ela. A santa carrega junto de si diversos relatos de pessoas que receberam os seus milagres.
Uma dessas histórias é da santa-cruzense Maria Eduarda do Monte. Segundo ela, tudo começou há dois anos, durante a pandemia de Covid-19, quando seu pai havia contraído a doença e por precaução ela e os familiares tiveram que fazer o teste. Por via das dúvidas, foi indicado pelos médicos que a Maria fizesse uma tomografia da caixa torácica – só que nem ela e nem os médicos esperavam era que nos resultados aparecesse um tumor no pescoço da jovem que já estava se espalhando para o tórax.
Ela então começou a procurar atendimento médico em cidades da região, mas nenhum deles sabia explicar exatamente o que era. Na época, ela chegou a ficar internada para realização de exames e cirurgias, mas por conta do seu nervosismo elas não ocorreram – como a biopsia retornou negativa, foi decidido então pelos médicos de que fosse realizado apenas o acompanhamento.
Com o tempo, o tumor foi crescendo e uma cirurgia precisou ser realizada. Apenas na mesa cirúrgica foi percebido o quão grande realmente era o abcesso, e na hora de sua remoção uma artéria que liga o braço ao coração acabou estourando, causando uma enorme hemorragia – além disso, a jovem ainda corria o risco de amputar o braço por conta do rompimento que poderia prejudicar as ouras veias do membro. Maria Eduarda foi então encaminhada para a Unidade de Tratamento Intensivo, onde ocorreram diversas complicações.
Ela permaneceu entubada e em coma por alguns dias – e foi aí que a jovem conta que os milagres da santa começaram, por meio de sonhos. “Jogavam um terço do céu, e esse terço era pra eu subir para aquele lugar. Lá era muito bonito, muito bonito mesmo. Tinha várias crianças brincando, era um lugar incrível, cheio de flores”, relata, “Me perguntaram se eu queria ficar lá ou se eu queria voltar, e eu disse que queria voltar, pois queria estudar e casar. Me falaram então que eu iria voltar, mas deveria ir naquele lugar todo dia, pra que eu tivesse uma missão de todo dia de voltar rezar pelas outras pessoas que estivessem lá, e interceder pelas que estivessem sofrendo no hospital”.
Maria acabou acordando do coma, e aos poucos foi lembrando-se do seu sonho e contou para sua mãe. Outro sonho eu a jovem teve foi que um padre da cidade havia ido até o hospital falando para que alguém da sua família fizesse uma promessa, e ela também o relatou para sua mãe que contou para a família. Dias depois, esse mesmo padre foi até um mercado onde sua tia trabalhava e conversou com ela, o que foi um choque para todos da família. A tia então contou a história da sobrinha para o padre, que colocou o nome da menina nas orações da igreja.
Um terceiro relato da jovem é sobre um terço que ela carregava com si, mesmo durante as internações, que sumiu. Em conversa com uma pessoa religiosa, disseram a ela que com certeza o terço havia ido para uma pessoa necessitada no momento, como nos momentos que o terço a acompanhou.
A jovem conseguiu se recuperar da cirurgia, e ela considera um milagre ela ter sobrevivido a tudo aquilo. A cirurgia, que aconteceu em março de 2022, completa seis meses no mês de outubro, e segundo Maria é como se nada tivesse acontecido – até os braços está com todos os movimentos que havia perdido.