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Desde 2021, 45 casos de estupro a vulnerável foram registrados em Santa Cruz

Publicada dia 17/05/2024 às 16:00:14

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Giovana Dal Posso


Em 2000, através da Lei Federal Nº 9.970, a data do dia 18 de maio foi instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, buscando conscientizar a população sobre crimes sexuais contra menores de idade.  Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, desde 2021 até o mês de março de 2024, 45 casos de estupro a vulnerável foram registrados nas delegacias em Santa Cruz do Rio Pardo.  No total, foram 19 casos em 2021, 14 em 2022, 9 em 2023, e 3 em 2024.

Durante este mês, com a campanha Maio Laranja, o Conselho Tutelar do município está realizando, em parceria com outros órgãos, diversas ações através de visitas em escolas municipais e estaduais para informar alunos e professores sobre o assunto. “Conversamos com os alunos sobre Maio Laranja, e contamos um pouquinho sobre a história de Araceli. Enquanto estamos nas salas de aulas destacamos a importância da informação na luta contra o abuso, verbalizando que através do conhecimento daquilo que se caracteriza abuso e exploração, e quais procedimentos a serem realizados se identificado a violação, de uma forma bem participativa”, conta Amelia Pastore, uma das conselheiras. Ela também conta que, antes de ir às escolas para conversar com os alunos, são realizadas reuniões com os professores.

Araceli, citada por Amélia, era uma menina de oito anos, que em 1973 foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória, Espírito Santo. O caso teve seus três réus acusados absolvidos, e foi por meio da mobilização de entidades, houve a ideia de criar a campanha. 

Fora de maio, as ações preventivas continuam durante o resto do ano. “Realizamos reuniões com grupos de pais que participamos, junto com os psicólogos e assistentes sociais dos Cras. Cada território tem seu grupo que atende os casos que normalmente nós, as escolas e os postos de saúde encaminham. Também, nas visitas domiciliares, realizamos orientações de forma preventiva o ano todo sobre o abuso e exploração sexual, e da importância da denúncia”, finaliza a conselheira.