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Compromissos ambientais e sociais leva professora a criar iniciativas em escola

Publicada dia 14/09/2023 às 19:25:10

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Giovana Dal Posso


Na Escola Estadual Prof. Zilda Comegno Monti, a professora de história, Adelita Renata, ensina através de projetos a importância de impactar positivamente o meio ambiente e a comunidade para seus alunos. Tudo começou durante a pandemia, onde ela, assim como muitas pessoas, descobriram novas vocações. Ao estudar e começar a acompanhar uma influencer digital que falava sobre sustentabilidade, Adelita viu surgir a necessidade de começar a implantar projetos na escola onde lecionava.

Surgia então, o primeiro projeto - Zcom.pet, que junta e recolhe tampinhas plásticas de garrafas e recipientes. O objetivo é vender para empresas de reciclagem, e reverter o dinheiro em prol da causa animal, ajudando os protetores. “O objetivo, desde o começo, nunca foi pegar o dinheiro para a escola, e ajudar outras causas. Por mais que o objetivo dos projetos sejam ambientais, os alunos também conseguem contribuir e entender mais sobre causas sociais”, explica. 

Algum tempo depois, uma nova iniciativa era criada, a “Escrita Solidária”. Agora,também eram arrecadados lápis, lapiseiras, canetas, borrachas e apontadores que, ao invés de descartados, são enviados para uma empresa de resíduos. Através de parcerias, essas coletas somam pontos que podem ser revertidos em doações para beneficiar instituições sem fins lucrativos. Por meio de votação, os alunos escolheram ajudar o Educandário Lar da Criança. “Fazemos também competições internas na escola, para incentivar as crianças e adolescentes. Depois de um tempo, acabou virando um hábito para eles realizar a separação desse material para arrecadação Acho que isso é o que mais compensa todo esse esforço”, diz Adelita.

Ainda são realizados mais três projetos - Lacres do Bem, que arrecada anilhas de latinhas de alumínio, que serão trocadas por cadeiras de rodas para a Rede do Câncer; Blisters que Salvam, recolhendo embalagens de remédio, após a venda para reciclagem, terá o dinheiro doado a Associação dos Deficientes Físicos Santacruzense (ADEFIS); e o Zcapet, que arrecada cápsulas de café vazias, que também serão enviados para uma empresa de resíduos, e revertida em doações para o Educandário.

Apesar de contar com a ajuda de alunos, pais, e funcionários da escola, Adelita conta que as iniciativas demandam tempo, já que ela as equilibra junto com suas atividades pessoais e profissionais. “Todo o material arrecadado é armazenado na minha casa. Por ser um espaço um pouco grande, consigo guardá-los no porão de casa”, relata. Ela diz que todos os investimentos necessários, como a compra de uma balança e a confecção de banners, saem do seu bolso. 

Hoje, o projeto se expandiu para além da escola, e conta com diversos pontos de arrecadação pela cidade.