Como proteger seu pet da desidratação em dias quentes?

Com a chegada das altas temperaturas, a desidratação se torna um risco significativo para cães e gatos. Pensando nisso, o Atual convidou a veterinária Rafaela Zilio para uma entrevista sobre como prevenir esse problema e garantir o bem-estar dos animais.

Uma das principais recomendações para evitar a desidratação é espalhar potes de água por toda a casa e o quintal. Segundo Zilio, é importante nunca deixar apenas um único pote. "Potes largos e rasos são ideais, pois demoram mais a esquentar e mantêm a água limpa por mais tempo", explica. Além disso, a veterinária destaca que os felinos são sensíveis ao espaço e preferem beber água sem que seus bigodes encostem nas laterais do recipiente. Para incentivar a ingestão de água, uma fonte com água em movimento é uma excelente alternativa, especialmente para gatos persas, que podem ser menos ativos.

Outro ponto crucial é evitar passeios com os animais durante os horários mais quentes do dia, especialmente entre 10 e 18 horas. "Nunca deixe os pets dentro de veículos expostos ao sol, mesmo que por pouco tempo", adverte Zilio. É essencial também garantir que os animais tenham acesso a locais sombreados e frescos ao longo do dia, permitindo que eles mudem de ambiente conforme necessário.

Os sintomas de desidratação em pets podem ser sutis, tornando difícil a identificação por parte dos tutores. A veterinária lista sinais como boca e língua secas, olhos fundos, falta de apetite, urina de cor amarela intensa e em menor volume, elasticidade da pele reduzida, ofegância e, em casos graves, até desmaios.

Para tratar a desidratação, a reposição de líquidos e eletrólitos é fundamental. Em casos leves, criar um ambiente fresco e aumentar a ingestão de água costuma ser suficiente. Rafaela sugere oferecer alimentos úmidos, umedecer a ração seca ou até congelar frutas permitidas para ajudar na hidratação. Entretanto, em situações mais severas, é necessário buscar atendimento veterinário para a administração de fluidoterapia.

A veterinária alerta que a desidratação severa, se não tratada, pode causar danos graves a vários sistemas do organismo, incluindo os sistemas nervoso e cardíaco, podendo levar à morte em poucas horas.