Parapente motorizado é opção em esportes radicais
Arquivo Pessoal

Há alguns anos a paisagem de Santa Cruz do Rio Pardo ganhou cores e novas formas no céu. É possível que você já tenha notado a presença de parapentes em alguns locais da cidade e tenha se perguntado do que se trata.
O esporte é praticado por um grupo de sete amigos, que, além de ser apaixonado pelas alturas, ainda oferece passeios pagos pela região. Um deles é o piloto de avião Daniel de Castro Vieira, que, encantado pela aviação, largou a carreira como engenheiro de alimentos e partiu em busca de seu sonho. Hoje, além de ser piloto agrícola, ele é um dos adeptos do parapente motorizado, também chamado de paramotor. “A sensação de voar é indescritível, só voando para saber”, afirma.
O piloto explica que o vôo pode ser realizado com uma ou duas pessoas, dependendo do tipo do paramotor, mas que, diferente do parapente comum, não necessita de uma montanha para a decolagem, uma vez que é equipado com motor e um carrinho que permite que se saia do chão sentado, sem esforços. “Por isso não há limites de idade para praticar. A única restrição é o peso, que deve ser de até 100 quilos cada, mas há paramotores que aguentam maiores cargas”, informa.
No entanto, todo parapente motorizado necessita de um piloto habilitado, que passa por um curso específico recebendo todas as instruções de segurança. Uma delas é o local para decolagem, que deve ser aberto e longe de obstáculos, como árvores e rede elétrica. “Já para a segurança dos que vão voar, é necessário o uso de capacete e roupas compridas, devido ao frio na altitude. Rádios de comunicação também são utilizados, para que possamos nos comunicar um check list de todos itens a cada decolagem”, detalha.
Segundo Daniel, os paramotores são seguros e trazem componentes importados em sua fabricação, que aliados a uma revisão periódica, reduzem as chances de acidentes. “De qualquer forma, somos equipados com um paraquedas de segurança, caso haja falhas”, completa.
Mecânico durante a semana, porém piloto aos sábados e domingos Ivan Poli também se encantou pelo esporte e decidiu tirar sua licença para dirigir. Hoje, além de levar a família, amigos e clientes para voar, ainda realiza voos a longa distância com os amigos, que chegam até 100 quilômetros de distância. “Temos um grupo legal que combina e realiza diversas aventuras. Até minha filha, que tem sete anos, voa com a gente”, conta. Ele diz que o paramotor é um caso de amor a primeira vista, principalmente pela sensação de liberdade nas alturas. “Todo mundo deveria fazer pelo menos uma vez na vida, superar os medos e encarar o desafio, levando para o resto da vida esta experiência”.
De fato, seu primo, o fotógrafo Pedro Figueira fez seu primeiro voo ao necessitar de uma foto aérea da cidade, e nunca mais parou. “Já fiz umas cinco vezes o voo com o Ivan, e gostei tanto que estou pensando em fazer o curso para me tornar piloto”, adiantou.