Fisiculturista comenta desafios e planos no bodybuilding

Romano Paschoarelli

Com apenas 17 anos, João Pedro Bianchi, de Santa Cruz do Rio Pardo, já se destaca no fisiculturismo, que faz parte de sua vida desde criança. Ele conta que sempre acompanhou o esporte, desde os 10 anos de idade. No entanto, mesmo precisando esperar até os 14 anos para começar a treinar, a paixão nunca diminuiu.

Sua jornada no fisiculturismo ganhou mais impulso com o apoio de seu treinador, Richard Araújo, que o acompanha desde o início. João Pedro se inspira em grandes nomes da modalidade, como Gabriel Zancanelli e Rafael Brandão – ícones do esporte na atualidade.

A rotina de um fisiculturista não é fácil, especialmente para alguém tão jovem. “É uma rotina bem puxada, com treino e cardio praticamente todo dia. Com o tempo, aprendi a conciliar com a vida pessoal, não que seja fácil, mas eu me adaptei”, revela. Para ele, o momento mais desafiador da preparação é a fase de “secagem”, onde o corpo é levado ao limite físico e mental. “Isso mexe muito com o psicológico. É muita cobrança, fome, fraqueza”, admite.

Apesar das dificuldades, João Pedro descreve a sensação de competir como algo único. “É inexplicável. É gratificante ver onde toda a disciplina te levou”. Ele destaca que o fisiculturismo ensina lições valiosas, como a importância da preparação. “Eu aprendi que o corpo não mente, e se errar na preparação, mesmo que você negue, estará enganado a si mesmo”, reflete.

Os desafios financeiros também são uma realidade. João destaca o custo de 25 a 30 mil reais por preparação. Nada, porém, impede seu sonho de se tornar profissional e competir no Mr. Olympia, o maior evento de fisiculturismo do mundo. Seu próximo desafio será o Arnold Classic Brasil 2026.

Para o futuro, João Pedro é claro: “Eu pretendo seguir carreira. Quero ser um atleta profissional e ensinar as pessoas”. Ele acredita que a chave para o sucesso está na disciplina e resiliência. E finaliza com um conselho para quem deseja seguir o mesmo caminho: “Sempre tenha um acompanhamento, pois nada se conquista sozinho”.