Fim de ano sem estresse: dicas para organizar suas finanças
Matheus Braga
O fim de ano traz um aumento nas despesas familiares. Além de festas, presentes e viagens, contas como IPTU e IPVA pesam no orçamento. Segundo a CNC, em 2023, 77,5% das famílias brasileiras estavam endividadas. Nesse cenário, rendimentos extras, como o 13º salário e a participação nos lucros (PLR), podem equilibrar as contas, desde que usados com estratégia.
Em entrevista para o Atual, o economista José Aparecido Sonego alerta que a chave para lidar com essas despesas está no planejamento ao longo do ano. “Tome por base as despesas do ano anterior, atualize-as, por exemplo, em 10%, e distribua os valores para os meses seguintes. Reserve mensalmente em uma poupança específica. Assim, além de ganhar juros, será possível pagar à vista e obter descontos”, explica o profissional.
Para quem possui dívidas, o economista sugere negociar condições mais favoráveis e destiná-lo prioritariamente a essas pendências: “Com dinheiro em mãos, é possível obter bons descontos. Caso não haja dívidas, vale poupar ou investir, sempre com planejamento”, orienta José.
Quem recebe participação nos lucros deve encarar esse dinheiro como uma chance de fortalecer a saúde financeira. O entrevistado sugere usá-lo para formar uma reserva de emergência, destinada a gastos imprevistos, e investir em aplicações como renda fixa, Tesouro Direto ou fundos, dependendo do perfil do investidor. “Uma vida financeira saudável passa por planejamento. Esses rendimentos extras são ideais para começar a investir”, destaca.
Promoções e liquidações podem ser armadilhas. Para evitar arrependimentos, José sugere refletir antes de adquirir produtos: “Pergunte-se: eu realmente preciso disso? Tenho recursos para pagar? Isso irá comprometer meu orçamento?”. Ele lembra que o consumo nessa época tem impacto positivo na economia local, ajudando comerciantes a equilibrar suas contas e gerando empregos. No entanto, é essencial que o consumidor compre de forma planejada para evitar dívidas futuras.