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Ex-servente vende paçocas no semáforo para se tornar empresário

Publicada dia 29/07/2022 às 14:45:59

Giovana Dal Posso

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Giovana Dal Posso


Os que passam pelo semáforo do cruzamento entre a rua Conselheiro Dantas e a avenida Tiradentes, encontram há 20 dias um ex-servente de pedreiro vendendo paçocas com uma placa no pescoço que chama atenção.  Guilherme de Barros Castanho, 25, tem o sonho ser empresário para conseguir sustentar sua família.

Residente de Bernardino de Campos, cidade vizinha a Santa Cruz, todos os ele dias se locomove de ônibus até o mesmo ponto para realizar as vendas dos doces, onde permanece das 8h45 até as 16h30, parando apenas alguns minutos para o almoço.

Ao ser entrevistado pela nossa reportagem, Guilherme relatou que pretende empreender na área digital, vendendo produtos pela internet. Inicialmente, ele planeja vender apenas eletrônicos, pois são produtos que abrangem um público alvo de todas as faixa-etárias. No passado, Guilherme já chegou a realizar a venda de eletrônicos, vendendo os produtos de porta em porta.

De acordo com ele, o ponto foi escolhido estrategicamente por conta do semáforo que fica fechado por um tempo mais prologando do que a maioria dos outros da cidade, conseguindo assim atender mais carros que param por ali.

Quando questionado se a população santa-cruzense é solícita para ajuda, Guilherme responde que a grande maioria sim. “Mas sempre tem sempre tem uma pequena parcela que não abaixa o vidro, maltrata a gente. Mas é só a gente não levar para o coração fica tudo certo”, comenta.

O dinheiro arrecadado com a venda dos doces é destinado a sustentar as três filhas e a esposa, além juntar capital para realizar a compra do tão sonhado notebook, ferramenta que ele irá usar para começar seu negócio.

Ele já trabalhou em fábricas de costura e fábricas da região. Seu último emprego foi como servente de pedreiro, mas devido ao agravamento de um problema de coluna por conta do peso que ele carregava no trabalho, ficou com sua coluna travada, e precisou sair do serviço.

Por não ser registrado nesse emprego, Guilherme conta que não conseguiu solicitar suporte do Governo para cuidar da sua saúde, e decidiu começar a vender os doces para sustentar a família. A esposa, Patrícia, precisa ficar em casa cuidando das crianças e não consegue trabalhar.

O vendedor também relata a dificuldade de ser contratado por empresas por conta de seu problema na coluna. “Muitas empresas também não contratam, né? Quem tem probleminha de coluna já não contratam. Porque se mais para frente der um problema, aí sobra para a empresa”.

Aos que também querem empreender, Guilherme deixa um recado. “Não tenham medo de arriscar, tudo o que fazemos de bom coração e com honestidade, em primeiro lugar acreditando em Deus, tudo dá certo”.

Para quem desejar contribuir com o sonho do Guilherme, o PIX é 357.121.498-69, no nome de sua esposa Patrícia Castanho de Barros.