Rock Rio Pardo arrasta multidões para festival

Giovana Dal Posso

Nos dias 7, 8 e 9 de julho, Santa Cruz do Rio Pardo se transformou na capital do Rock, com mais de 35 mil pessoas presentes no recinto de exposições José Rosso, e cerca de oito toneladas de alimentos arrecadados. O primeiro dia garantiu o maior público da edição, com 17 mil pessoas presentes no show da cantora Pitty, que já havia se apresentado no festival em 2019. Ao todo foram arrecadados mais de 8 toneladas de alimentos.

A programação contou com a participação de 16 bandas, e nem a chuva espantou os amantes de rock. Um dos momentos mais marcantes do festival aconteceu no sábado, onde Charlie Brown Jr. e Supla se uniram no palco, juntos, para uma apresentação ao público no sábado.

A dinâmica de dois grandes nomes em um dia agradou o público. Segundo Luciano Pimentel, tudo depende da logística para que isso aconteça novamente nos próximos anos. “Esse ano deu muito certo por a equipe do Supla ser muito tranquila de trabalhar, não precisam de passagem de som, é possível elaborar um cronograma onde os horários batem e você consegue entregar o palco nos horários exatos tanto para o artista quanto para o público”. Ele comenta que a ideia dos shows foi um “test-drive” para ver se seria possível realizar em outros dias do evento. “Quem sabe conseguimos manter essa estratégia pro ano que vem”.

Mesmo após o término do evento, o trabalho não para. O organizador conta que após o encerramento do evento, a comissão realiza  todo o levantamento de despesas e o pagamento dos últimos fornecedores do festival. “A ideia é em Setembro deste ano já pensarmos na estrutura, bandas regionais e bandas de encerramento do Rock Rio Pardo 2024, também do que queremos melhorar ainda mais nessa próxima edição”, conta sobre planos futuros. Ele que já se tem ideias de próximas bandas e mudanças na estruturas, mas tudo depende de investimentos no festival.

Em entrevista com o Supla, o cantor comentou que a organização do evento chamou muita atenção. Para Luciano, os maiores acertos foram focar nos erros de edições passadas. “Nós focamos muito nos erros que tivemos em 2022, para não repetí-los. Até onde conseguimos observar, o problema, que foram os banheiros tanto da Área Vip quanto do recinto, foram praticamente sanados. Aumentamos a quantidade e colocamos mais qualidade na estrutura, o que trouxe muitos elogios da parte do público. O aumento da metragem da Área Vip também foi algo elogiado pelas pessoas que a frequentaram”.

Ele também explica sobre as críticas recebidas nesta edição, como a falta de transmissão das bandas através dos painéis no palco.  “Tivemos críticas, todas construtivas, sobre o evento deste ano. Isso (os painéis) é algo que sempre tentamos viabilizar, porém o investimento é muito alto. Tentaremos para o próximo ano conseguir alguma parceria para que isso acabe se tornando uma realização”, finaliza.