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Dia da Música: arte também transforma vida

Publicada dia 03/10/2022 às 17:29:56

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No dia primeiro de outubro se comemora internacionalmente o Dia da Música.  Estima-se que a arte de criar sons tenha surgido há milhares de anos atrás, no continente africano – desde então, ela foi tomando mais e mais espaço na sociedade e criando uma enorme importância na vida das pessoas. Através de estudos, foi comprovado cientificamente que a música trás diversos benefícios para a saúde.

A vida de Rafael Frasson, de 20 anos, sempre foi influenciada pela música.  Foi o tio, Danilo, quem apresentou ao rapaz quando ele tinha sete anos, bandas como Black Sabbath e Iron Maiden. “Eu achava aquilo incrível. Eu ficava perdido no meio daquilo tudo, viajava quando ouvia qualquer tipo de música junto com ele”, conta.

Aos oito anos, seu tio sofreu um acidente de moto e acabou falecendo. Mesmo anos depois, Rafael conta que ouvir as músicas que o tio apresentou a ele faz com que o jovem se sinta perto do ente querido. “Quando eu ouço essas músicas, me dá aquele sentimento de nostalgia,” explica. “O que me conecta muito com ele é a música. Eu sei que ele não está aqui, mas sempre que eu ouço música eu sinto a presença dele e eu sei que ele fica orgulhoso por eu sempre estar ouvindo o que ele me apresentou”. Apesar de ter um gosto musical variado, ele conta que sempre retorna as músicas do tio.

Foi também com o violão do tio que ele começou a tocar o instrumento. “Eu fui crescendo, ficava olhando violão. Às vezes tentava fazer alguma coisa, mas nunca consegui. A partir de um momento eu comecei a ter interesse em tocar”.

Em um primeiro momento, por ser muito novo, os hábitos musicais não se desenvolveram muito. A partir dos quinze anos, Rafael viu a música como uma forma de lidar com problemas pessoais que ele sofria. “Há males que vem para o bem, dessa reclusão minha época eu decidi que ia aprender a tocar um instrumento, em memória do meu tio”. Segundo ele, foi a música que o ajudou a sair do momento difícil. “Eu colocava minha música favorita, fazia minhas coisas ouvindo minha música favorita, tocava guitarra, tocava violão, ouvia mais música – e isso me curou, me deu um propósito”.

Começou então durante um ano a aprender tocar violão, até que comprou uma guitarra. “Eu nunca tinha me sentido parte de nada, sabe? Parecia que eu sempre estava migrando de um lado para o outro”, conta. “A partir do momento que peguei a guitarra pela primeira vez e comecei a tocar as músicas que meu tio me mostrava quando eu era criança e ele tinha o sonho de tocar na guitarra, foi um sentimento muito gratificante”. Segundo o jovem, foi isso que despertou a sua paixão pela música: “A gente consegue se conectar com pessoas que nem estão mais aqui por causa dela”.

Atualmente ele participa do grupo de percussão All Drums, formado por alunos e ex-alunos do professor Marcio Arakaki. O objetivo do projeto é incentivar a prática da percussão em grupo, além de ser uma oportunidade de mostrar seu trabalho e trocar experiências entre alunos a professores.