Microfisioterapia pode curar traumas e doenças em crianças

Laura Teixeira

Algumas doenças e transtornos podem ter origens a partir de causas emocionais, e até mesmo por traumas acometidos por acontecimentos e experiências, o que não acontece apenas com adultos. As vivências podem causar problemas em crianças também, tanto é que inclusive, muitos transtornos psicológicos surgem na infância. E para tratar esses problemas, uma técnica chamada microfisioterapia, que consiste em identificar a partir de uma fisioterapia manual, a causa primária de uma doença e não apenas o sintoma, como explica a fisioterapeuta Ana Paula Araújo. “O objetivo desta técnica é estimular a autocura do organismo, para que o corpo reconheça o agressor (antígeno) e inicie o processo de eliminação, podendo ser aplicada tanto em adultos como em crianças, que também sofrem com os acontecimentos pelos quais passam, por vezes até desde o ventre materno”, relata.

Segundo Ana Paula, o tratamento proporciona benefícios como melhoria do estado emocional, tratamento das dores, estimulação do sistema imunológico, identificação da causa primária de um sintoma ou de uma doença e também prevenção, sendo indicado para diversos problemas infantis. “A microfisioterapia é indicada para crianças que apresentam problemas escolares, como déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, ou até distúrbios do sono, alimentares ou hormonais, fobias/medos, alergias em geral, traumas emocionais como perdas, abandonos, separações, e, físicos como contusões, luxações e entorses”, explica.

O método deste tratamento é natural, em que se é aplicado apenas por toques do especialista em determinadas partes do corpo do paciente fazendo com que o organismo interprete a condução e trabalhe com a autocura, a partir do momento em que corresponda e estimule o funcionamento normal para assim alcançar a cura. “Muitas doenças e dores se devem a pequenas disfunções, como sentimentos de abandono, traumas que ocorreram na gestação, intoxicações e até mesmo memórias hereditárias, que se acumuladas podem enfraquecer o organismo, e a microfisioterapia ajuda o corpo a eliminar estas “cicatrizes” e a auxiliar o organismo a promover sua própria reconstituição, eliminando os vestígios emocionais e traumáticos”, afirma.

A fisioterapeuta alega que alguns pacientes podem sentir algumas reações, que devem ser consideradas normais. “Após a sessão são comuns diarreia, vômito, alterações de humor, sonolência, porém, se houver, não devem ser vistas como algo ruim, e se houver ausência destas não quer dizer que a terapia não funcionou”, diz.

Ana Paula garante que o procedimento é indicado para todas as idades, inclusive para recém-nascidos, sendo que os resultados podem aparecer entre a primeira e terceira sessão, que demoram em média de uma hora, podendo ser realizadas com intervalos de 30 a 45 dias, dependendo do quadro do paciente.