Não passei na faculdade, e agora?

Mariana Chagas

Para a maioria das pessoas, fevereiro é um mês esperado por conta do carnaval e do feriado que o acompanha. Mas, para quem está na fase de prestar vestibular e sonhar com a faculdade, a atenção vai para os resultados das provas que saem nessa época. 

Nem todos os vestibulandos, porém, conseguem passar de primeira na almejada universidade. Apesar da decepção ou do desânimo que pode surgir, não conseguir a vaga na primeira tentativa ou não precisa ser motivo para desistir. 

Vitória é santa-cruzense e estudante de medicina na USP, mas antes de entrar em uma das universidades e cursos mais disputados do país, passou 3 anos fazendo cursinho. “Admito que quando não passei de primeira fiquei bem triste, mas já imaginava que isso ia acontecer”, confessa a estudante.

Como sempre focou em passar em uma faculdade pública, a aluna sabia que poderia levar um tempo até conquistar a vaga. Isso porque todos os estudantes de instituição pública que ela acompanhava nas redes sociais, fizeram ao menos um ano de cursinho.

“O que me motivou a não desistir foi pensar que o tempo ia continuar passando comigo estudando ou não para o vestibular, então era melhor persistir no meu sonho do que abandoná-lo sabendo que eu não seria plenamente realizada em outra profissão”, relembra Vitória. 

Para se manter determinada, Vitória acompanhava alunos da USP pela internet e se imaginava em todos os lugares e aulas que hoje está vivendo fora das telas. “Porém, o fator que mais influenciou na minha motivação e persistência na busca pela aprovação foi o apoio da minha família”, desabafa a estudante. “Acho que saber que tem alguém que torce e acredita em você é o melhor incentivo de todos”.

Para aqueles que o ano da aprovação ainda não chegou, Vitória dá uma dica que pode ajudar na motivação: “faça uma análise sincera e madura dos seus erros e acertos nos estudos do ano passado. É chato e dolorido fazer isso, mas rever seus métodos é algo essencial para poder passar no vestibular”. 

Para a estudante, experimentar novas maneiras de estudar também é bem interessante, como testar flashcards, provas antigas e simulados, saindo dos tradicionais resumos, que muitas vezes não são suficientes para compreender a matéria de fato.

“Por fim, a mensagem que eu queria deixar é que: não importa quantos anos você passe estudando, quando você conquistar finalmente o seu sonho vai perceber que todos esses anos estudando valeram a pena”, garante Vitória.

Ela ainda complementa que vários de seus colegas de faculdade fizeram vários anos de cursinho e alguns já estão na segunda graduação, mas sempre afirmam que não mudariam nada em sua trajetória até conquistar sua vaga. “Nunca é tarde demais para lutar por um sonho!”, finaliza.