Além de cachorros, Paloma abriga gatos abandonados para adoções
Mayrilaine Garcia

Há três anos, foi inaugurado no Posto Graal Paloma, um canil, um projeto que tem como objetivo recolher animais abandonados no posto e em rodovias, e deixá-los expostos para adoções. A iniciativa partiu de uma das proprietárias da rede em Santa Cruz, Juliana Toneta. "Sempre via muitos animais abandonados, no próprio posto e também nas proximidades, na rodovia, e, isso me deixava desconfortável, pois além de sentir pena deles, da mesma forma em que havia clientes que cuidavam, outros reclamavam por ter animal no pátio. Até o dia em que vi em um posto que passei um exemplo de canil, o que me inspirou para criar um também no Paloma", conta.
A proprietária conta que o projeto se iniciou de forma simples, mas foi evoluindo no decorrer desses anos, e hoje pode amparar os animais da melhor maneira no espaço. "Começou simples, mas foi melhorando de acordo com o número de animais para o abrigo e também as necessidades, com detalhes pensados no conforto deles, com espaço ao ar livre para eles correrem, brincarem na terra, água encanada, piscininha e ração", afirma.
Então, a partir desta primeira iniciativa, Juliana decidiu também criar o gatil, em que levou alguns meses para ser projetado também de acordo com as necessidades e conforto dos gatos e foi inaugurado no mês passado. "No Graal Paloma não víamos muitos gatos abandonados, sempre foram mais cães, então, por isso, não havíamos visto a necessidade antes, porém, começamos a considerar também o espaço do Graal Kafé, e lá aparecem muitos gatos, o que nos levou a criação do Gatil", diz.
Segundo a proprietária, o gatil é agradável ao conter detalhes e acessórios que se torna divertido para eles brincarem e, principalmente, aconchegante. "Colocamos rações e água encanada, e há a areia para as necessidades. E, para dormir e brincar, instalamos alguns pneus que tivemos o cuidado de pendurar e pintá-los, para servir de caminhas, assim como alguns guichês fixos, e alguns que ficam como balanços, além da área ao ar livre, com terra, gramado, em que eles adoram ficar tomando sol", detalha.
Juliana relata que os animais abrigados tanto no gatil, quanto no canil, são encontrados nos postos ou nas rodovias, e que, portanto, são essas as prioridades, mas que ainda, quando os abrigos estão com vagas acabam também aceitando alguns da cidade que algumas pessoas entram em contato solicitando apoio. "Conseguimos elaborar espaços amplos para amparar bastantes animais, como para deixá-los livres, mas, às vezes ficam cheios, e recorremos à ONG’s da região para nos ajudar", explica.
Outro fator importante é manter a higiene e as medidas para cuidados, tanto com a alimentação como a saúde dos animais. "Meu primo é veterinário, então ele faz todo o auxílio médico deles, que, inclusive, é o primeiro processo quando abrigamos um novo bichinho, em que faz as vacinações e dá os medicamentos principais, além de que, quando o animal já tem mais de seis meses, fazemos a castração. E, assim como contamos com o apoio dele, temos um funcionário responsável por toda limpeza e abastecimento de ração e água, que são feitas durante toda a semana, duas vezes por dia", garante.
Juliana relata que entre os anos do canil e até mesmo durante o pouco tempo da instalação do gatil, muitas doações foram feitas, desde para cidades próximas como distantes, o que motiva a dedicação aos abrigos, ao ver que está ajudando os animais.
Aos interessados, ela indica que se dirija até o Posto Paloma e busque por alguns dos responsáveis pelos abrigos, e deverão apenas preencher uma ficha com os principais dados da pessoa para controle dos organizadores, como um termo de responsabilidade pela adoção.