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Adoção de pets exige preparo e compromisso de longo prazo

Publicada dia 17/09/2025 às 15:52:29

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Adotar um animal de estimação é uma decisão que exige preparo, planejamento e responsabilidade contínua. A veterinária Dra. Luciana Bianchi destaca que a família deve avaliar diversos fatores antes de dar esse passo. “Primeiramente, amar e ter respeito ao animal, responsabilidade financeira para alguns gastos, como ração, vacinas, cirurgias, caso necessite. O tutor tem que ter ciência dos custos mensais. O local onde esse animal vai ficar e tempo para brincar e passear”, afirmou. Ela ainda alerta para a higiene, lembrando que animais peludos necessitam de tosas regulares.

Logo após a adoção, os cuidados de saúde e ambientais devem ser prioridade. “Escolher um médico veterinário para, na hora que adotar, já levá-lo para ser examinado e começar o protocolo vacinal e controle de parasitas”, explicou. Também é importante preparar um ambiente adequado: “Cuidado com frio, chuva, muito sol. Proteja em um local confortável e seguro”.

Entre os erros mais comuns, Luciana cita a falta de planejamento, que muitas vezes resulta em abandono. “O tutor deve lembrar que um cachorro, por exemplo, vive em média de 12 a 18 anos (até mais). É um compromisso de dedicação e responsabilidade contínua”.

A jornalista Anna Clara Leandro Candido, 24 anos, compartilhou sua experiência como tutora de dois animais adotados. A primeira foi Lilica, uma cadelinha que está com ela há 13 anos, adotada em Jacareí. Mais recentemente, em 2023, durante a faculdade em Bauru, ela decidiu adotar uma gatinha. “Eu estava refletindo sobre adotar há algum tempo. Como dividia apartamento com uma colega que já tinha uma gata, conversei com ela para saber se estava tudo bem adotar mais um pet, e recebi a confirmação”, contou.

Pouco depois, Anna viu nas redes sociais da ONG Adota Gatos Bauru a foto da Duquesa D. Neve e de seus irmãos. “Eu sabia que queria uma gata fêmea e filhote. Quando conversei com os responsáveis pelo resgate, soube que ela era a escolhida”, relatou. A gatinha, de pelagem branca, nasceu com deficiência auditiva. “Antes de adotar, perguntei se precisaria de algum cuidado especial ou tratamento, mas me avisaram que não era necessário. Apenas que ela não poderia ser um gato de rua, pois não conseguiria identificar ameaças como carros e outros animais”.

Segundo Anna, a chegada da filhote exigiu atenção redobrada. “No começo, a Duquesa precisava de muito cuidado e atenção, pois estava aprendendo a usar a caixa de areia, mal sabia beber água sozinha e estava iniciando na alimentação sólida. Ela foi aprendendo ao observar a gata mais velha, que no início não gostou muito da nova colega de casa, mas com o tempo foi aceitando”.

Para a tutora, a adoção vai muito além do ato de acolher. “Antes de adotar qualquer animal é necessário muito planejamento e cuidado, afinal é uma vida inocente e dependente que está sendo colocada em suas mãos. Diferente de um ser humano, um pet vai depender do tutor para se alimentar, cuidar da saúde e da higiene até o fim da vida”, afirmou.

Ela também destacou o impacto emocional da experiência. “Alguns meses após adotar a Duquesa, fui morar sozinha e não tenho dúvidas de que a companhia dela foi o que me salvou da solidão e das dificuldades na adaptação para morar sozinha”.