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Você sabia? Nome da escola Sinharinha Camarinha é um apelido

Publicada dia 28/10/2021 às 08:31:26

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Uma curiosidade sobre a escola centenária Sinharinha Camarinha que poucos sabem é que a pessoa que dá nome a escola na verdade se chamava Percila. Sua neta, Jussara Camarinha, não chegou a conhecer a avó que morreu de câncer aos 51 anos, mas estudou na escola que levava o nome dela e ficava muito orgulhosa em contar a história aos colegas.

O Grupo Escolar onde lecionou por 17 anos, passou a receber o nome Sinharinha Camarinha no ano seguinte a sua morte. O Grupo Escolar, hoje Escola Estadual Sinharinha Camarinha, foi inaugurado oficialmente em 1915. Inicialmente a escola funcionava no prédio que já sediou a delegacia de ensino e a Etec Orlando Quagliato, na rua Benjamin Constant.

A escola, que funciona desde o final da década de 50 ou início de 60 no atual endereço, em frente à praça São Sebastião, passará a funcionar no regime integral em 2022 devido decisão do Governo do Estado de São Paulo. Um livro contando a história do Grupo Escolar foi lançado na época da comemoração de seu centenário. Os dados históricos e documentos que nortearam a obra foram levantados pelo casal Celso e Junko Prado.

Jussara Camarinha conta que sua avó foi casada com Manoel Martins do Nascimento e se formou na primeira turma da escola normal de Santa Cruz do Rio Pardo em 1932. Nesta época já era casada e tinha dois filhos: José Camarinha e seu pai José Carlos do Nascimento Camarinha. Depois de formada lecionou em Maracaí e depois veio para Santa Cruz do Rio Pardo.

Sobre o apelido ela explica que foi dado na infância dentro da família e seguiu com amigos, professores e até a idade adulta. Ela acredita que tenha ligação com o costume da época de chamar as mulheres de sinhá.

“Quando meu pai, que era o caçula, foi estudar no colegial eles se mudaram para São Paulo, onde ela adoeceu e morreu com um câncer. Ela só lecionou nesta escola em Santa Cruz e como faleceu muito nova acabou sendo homenageada”, conta. Percila, ou Sinharinha, morreu na cidade de São Paulo e foi enterrada no dia seguinte em Santa Cruz, no ano seguinte a sua morte já foi dado início ao processo para nomear o grupo escolar em sua homenagem.

Jussara não conheceu sua avó, ela sabe das histórias contadas pelo seu avô e seu pai. “Ela morreu em 1951 e meus pais eram namorados desde 1949, mas ainda não eram casados. Apesar de não a ter conhecido tinha muito orgulho de dizer para os amigos que o nome da escola era da minha avó. Todo mundo sabia na época, mas agora depois de muitos anos muito se surpreendem quando conto. Meu pai ainda lecionou física na escola Sinharinha por muitos anos”, revela.

Além da avó que dá nome a escola, seu pai foi uma personalidade importante na cidade. Ele foi vice-prefeito de Carlos Queiroz e vereador por 20 anos. “Deixou um legado de fidelidade com os companheiros, era vereador ativo que sempre amou a cidade e sempre serviu o povo santa-cruzense. Ele morreu aos 71 anos em 1998”, conta.