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Rotary doa testes de Covid-19 para o Lar São Vicente de Paulo

Publicada dia 11/09/2020 às 12:50:15

Divulgação

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Diego Singolani


O Rotary Club de Santa Cruz do Rio Pardo doou exames para o diagnóstico de Covid-19 entre os moradores e funcionários do Lar São Vicente de Paulo, em Santa Cruz do Rio Pardo. Em parceria com a Prefeitura, que cedeu os profissionais para a realização das coletas, 28 idosos mais a equipe de trabalho do asilo foram testados na semana passada. Todos os exames deram negativo.

A ação faz parte da campanha “Corona Zero”, desenvolvida pelo Rotary Internacional, que tem a pretensão de testar mais de mil instituições de longa permanência para idosos no Brasil. O Rotary, organização humanitária internacional, já destinou R$ 2 milhões para testagem do novo coronavírus em quase dez mil pessoas, principalmente aquelas que fazem parte de grupos de risco. De acordo o empresário Haroldo de Andrade, que é responsável pelos assuntos humanitários do Rotary de Santa Cruz e também integra a diretoria do asilo, a instituição tem um histórico de engajamento em campanhas de saúde. “Junto com a Associação Brasileira de Portadores de Hepatite, fizemos várias campanhas de testes rápidos para a doença. No ano passado, em Santa Cruz, três pessoas foram identificadas com a hepatite durante a nossa ação no estacionamento de supermercado e puderam ser encaminhadas para o serviço de saúde”, relembra. 

No total, 45 pessoas foram testadas para Covid-19 na semana passada no asilo de Santa Cruz. Os exames doados foram os PCR. Após a coleta das amostras, realizada por profissionais da secretaria municipal de saúde, o material foi levado pela equipe do Rotary para análise em um laboratório de Barueri (SP). No mesmo dia, porém, a prefeitura também forneceu testes rápidos, que foram realizados e deram negativo. Os resultados dos exames PCR, entregues nessa semana, também foram negativos. 

Dificuldades no Lar   

Quando a nova diretoria do Lar São Vicente de Paulo assumiu há alguns meses, não fazia ideia - assim como o resto do mundo - de que pouco tempo depois uma pandemia mudaria todos planos de reorganização da entidade. Além da preocupação com os moradores, que fazem parte do grupo de alto risco para complicações da Covid-19, a situação financeira se agravou. “Tudo que havíamos planejado como leilões, almoços ou jantares, para arrecadar recursos, teve que ser adiado. A nossa primeira ação, uma rifa de R$ 20 mil e alguns outros prêmios, também foi adiada, porque a venda ficou comprometida”, explica Haroldo. O diretor confirma que a entidade trabalha no vermelho, mas tem conseguido contornar a situação com a ajuda de pessoas que contribuem de maneira anônima. “Com isso conseguimos manter um serviço de qualidade aos idosos”, diz Haroldo.

O maior problema do Lar São Vicente de Paulo continua sendo a folha de pagamento. Havia um projeto de aumentar a capacidade de atendimento para mais moradores, porém, isso demandaria uma equipe técnica maior. Além disso, a iniciativa anunciada a alguns meses da “creche do idoso”, um serviço em que a família deixaria a pessoa no asilo por algumas horas do dia, também não evoluiu, devido à pandemia e questões burocráticos com a Prefeitura, que seria parceira e a principal contratante. “Há verbas estaduais ou federais, mas elas são amarradas. São verbas para fazer uma reforma, pintura, comprar um equipamento, coisas que, no momento, não precisamos. Eu tenho uma sugestão que está sendo discutida com a diretoria que é uma mudança no estatuto que permita contrapartida financeira das famílias dos idosos. A entidade recebe 70% das aposentadorias dos moradores, mas 90% deles têm direito a um salário mínimo ou um valor próximo disso. São muitos custos envolvidos. Há casos em que a família realmente não tem como dar uma contrapartida e o asilo deve acolher esses idosos, mas também existem famílias que poderiam contribuir muito mais com entidade”, disse Haroldo.