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Diferentes opções de vacinas podem fazer população querer escolher

Publicada dia 15/06/2021 às 11:12:30

Pedro Figueira

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Thaís Balielo


Santa Cruz do Rio Pardo está vacinando a população com as vacinas Coronavac e AstraZeneca, mas a vacina da Pfizer deve chegar também nos próximos dias. A Secretaria de Saúde explica que não há motivo para querer escolher qual imunizante tomar, pois todos são eficientes. Além disso, não é possível optar pela marca ou tipo de dose que será aplicada. Elas são distribuídas conforme disponibilidade para cada grupo e conforme a maneira de armazenamento e manipulação das doses.

Enfermeira coordenadora da vigilância epidemiológica, Ana Carolina Mariano da Silva, explicou a diferença entre os imunizantes. A Coronavac tem um intervalo entre as doses de 21 a 28 dias. Já a AstraZeneca tem o intervalo de 12 semanas. Ela disse que nota que as pessoas questionam qual é a vacina que está sendo aplicada, mas ninguém se negou a tomar. “Existem as pessoas que tem certo receio de tomar a AstraZeneca, principalmente quem tem algum distúrbio de circulação. Porém, nos informes técnicos ela não tem nenhuma contraindicação, mesmo para quem já teve distúrbio de coagulação, trombose. A única contraindicação é para gestante, por isso a Coronavac está sendo reservada para elas”, informa.

Santa Cruz tem recebido mais doses de AstraZeneca atualmente, as doses de Coronavac estão sendo aplicadas apenas nas gestantes. As últimas doses de Coronavac, sem ser para gestantes, recebidas foram para os idosos de 64 anos, depois disso só foram aplicadas AstraZeneca, inclusive para comorbidades e professores.

A vacina da Pfizer deve começar a ser aplicada em Santa Cruz em breve, a enfermeira explicou que o imunizante pode ficar até 30 dias em geladeira após descongelado, portanto, está sendo viável enviar para demais cidades, além dos grandes centros. O imunizante tem um intervalo entre as doses de 12 semanas.

A enfermeira Carol comenta que está havendo muito questionamento em rede social de pessoas internadas que morreram mesmo tendo tomado a segunda dose da vacina. “É importante esclarecer isso para a população para que a vacinação não caia em descrédito. Nenhuma vacina é 100% e vão ocorrer casos de contaminação, de gravidade e até de morte, pois depende do sistema imunológico da pessoa. Tem a questão da variante mais forte. Ela chega a ser 10 vezes mais contaminante e tem carga viral maior, causando uma evolução da doença com mais gravidade. Estudos recentes já afirmam que a variante é totalmente dominante em nossa região”, afirma.

Ela explica que estão sendo feitos estudos sobre os motivos das mortes entre os vacinados, cruzando datas de vacinação, primeiros sintomas, e data da possível contaminação para verificar se são casos que a pessoa se contaminou antes do prazo para se considerar imunizado.

Carol informa ainda que no caso da AstraZeneca, como o espaçamento para a segunda dose é longo, em Santa Cruz não houve casos de óbitos de pessoas totalmente imunizados por esta vacina. Os últimos que tomaram a segunda dose deste imunizante foram idosos de 84 anos no dia 27 de maio.

Santa Cruz já vacinou com uma dose 15.049 pessoas (31,39%), já a segunda dose foi aplicada em 7.162 pessoas. Ela explica muitos que faltam tomar a segunda dose ou ainda não chegou a data ou estão impedidos de tomar por terem contraído Covid neste intervalo e estarem aguardando o prazo de recuperação recomendado.