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Programa Entrelaços incentiva apadrinhamento afetivo

Publicada dia 04/11/2022 às 12:15:50

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Em Santa Cruz do Rio Pardo, cerca de 30 a 40 crianças e adolescentes se encontram acolhidos em instituições - onde podem por muitas vezes sentir falta de um sentimento de mais afinidade. O programa “Entrelaços" é uma iniciativa da Vara da Infância e Juventude da cidade, direcionado para os menores que estão acolhidos institucionalmente no Educandário Lar da Criança e na Casa de Apoio à Criança e ao Adolescente ‘Adelina Aloe’, buscando incentivar o apadrinhamento afetivo mantendo vínculos entre eles e cidadãos e famílias da comunidade. 

Ao todo, existem três modalidades de apadrinhamento: o afetivo, o material e o de serviços. O afetivo busca garantir às crianças e adolescentes com poucas chances de adoção ou retorno à família de origem, a possibilidade de convivência familiar e comunitária onde o padrinho ou madrinha disponibiliza o seu tempo realizando visitas regulares ao seu afilhado, podendo fazer passeios externos à instituição, buscar o afilhado para passar fins de semana, feriados, férias escolares em sua companhia, e assim possibilitando momentos de convivência familiar e a construção de laços afetivos.

Já o material consiste na oferta material ou financeira à instituição de acolhimento para colaboração nas despesas, podendo também propor a arcar diretamente com despesas de atividades extracurriculares. Por fim, o apadrinhamento de serviços permite que profissionais de diferentes áreas possam oferecer atendimentos às crianças e adolescentes, prestando serviços na instituição de acolhimento ou fora dela, a fim de proporcionar benefícios no âmbito da saúde, educação, cultura, entre outros.

Tamires Pereira, assistente social judiciária, explica que o programa está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e foi implantado no Tribunal de Justiça do estado de São Paulo em 2014. Para participar com o apadrinhamento no município, as pessoas interessadas devem apresentar a documentação exigida e passar por avaliação social e psicológica no fórum da cidade. “Só podem participar residentes na comarca de Santa Cruz do Rio Pardo, que abrange também os municípios de São Pedro do Turvo e Espírito Santo do Turvo”, ressalta ela. Além disso, os interessados não devem estar inscritos nos cadastros de adoção.

Em Santa Cruz, o programa foi implantado pela primeira vez em agosto de 2022, e por enquanto não há padrinhos cadastrados. Referente ao apadrinhamento material e de serviços, todas as crianças e adolescentes que estão acolhidos podem se beneficiar.   Somente os acolhidos com o perfil e autorizados judicialmente podem participar apadrinhamento afetivo, sendo aquelas que têm poucas chances de adoção ou retorno à família de origem.