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Cerimonialista está conciliando profissão com maternidade

Publicada dia 19/05/2022 às 12:00:11

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Maio é conhecido como o mês das noivas, e é o mês em que se comemora o Dia das Mães. A cerimonialista Daisy Martins Amorin pode ser o exemplo da união destas duas datas comemorativas. Com a agenda novamente lotando de casamentos pós-pandemia, ela acabou de se tornar mãe e a filha Maitê de dois meses já foi com ela em seis eventos desde que nasceu.

Daisy está no ramo de eventos há quase 10 anos. Trabalhando como radialista e locutora na rádio 104FM, quando começou a namorar seu atual marido que trabalhava com eventos, começou a acompanhá-lo e acabou se tornando auxiliar da fotógrafa. “Nesse trabalho eu via muita coisa dar errado por falta de conhecimento dos noivos, que não sabiam quem ou como contratar. Muitas vezes tudo ficava perdido porque não tinha alguém gerenciando o que ia acontecer. Quando me casei vi como fazia falta alguém para ser os olhos da noiva quando ela não está. Pois eu não tinha quem colocasse nem os doces no meu casamento”, relata.

Quando a prima do marido fez 15 anos, ajudou a organizar, e também foi mestre de cerimônias do aniversário, aproveitando sua experiência em apresentações. Pouco tempo depois um casal de amigos pediu que ela organizasse o casamento, e então acabou encarando de vez o ramo. “Aos poucos fui me aprimorando e entendendo as diferenças de cerimonial, assessoria. Fiz diversos cursos, hoje tenho 186 eventos realizados e dou curso de cerimonial e assessoria. Atuo como assessora, cerimonialista, celebrante e mestre de cerimônias”, conta.

“O período da pandemia foi difícil principalmente em ver os sonhos adiados, ver todas as remarcações, um trabalho dobrado para conciliar as datas, alguns casamentos aconteceram mesmo que sem festa, tivemos prejuízo financeiro, mas devido a um bom planejamento financeiro e uma reserva de emergência conseguimos passar por este período. Ainda mantivemos a renda fixa de nossos empregos públicos, a falta da renda com eventos foi suprida pelo nosso planejamento”, afirma.

Maternidade

Daisy contou como está sendo a jornada dupla em casa com a filha e nos eventos contratados. Antes de Maitê nascer a jornada ainda incluía o trabalho na administração pública, que agora ela está cumprindo o período de licença maternidade. Com 15 dias Maitê foi junto dos pais ao primeiro casamento. Agora com dois meses, já foi em seis eventos. “O marido fica com ela e quando precisa mamar eu assumo. Fico até determinado horário no evento e depois minha equipe cuida de tudo e encerra. Mas ela fica bastante, duas horas da manhã e ela acordada posando para a foto com a noiva. Dorme, mas acorda para mamar. A Maitê é uma criança muito tranquila, colabora muito”, afirma.

Daisy afirma que a vida de mãe empreendedora é realmente bem difícil. “Duas cordas te puxam. A vontade de voltar com tudo com meus eventos, a responsabilidade com meus clientes, me puxa para um lado. Ao mesmo tempo, tem a maternidade me puxando para a casa e essa delícia que é estar com minha filha. São mares gostoso de se navegar, tem sido leve porque a Maitê é uma criança tranquila. Tem sido de um aprendizado muito grande. A internet, o WhatsApp, as mídias sociais ajudam a estar mais próximo da pessoa sem ter que estar presencialmente. Minha rede de apoio é o marido, ele é essencial nesta divisão de tarefas. Importante ter boa equipe de trabalho e boa equipe em casa. Estar sempre presente e não falhar para nenhum dos lados”, argumenta.

A cerimonialista conta ainda que o planejamento da maternidade vinha ocorrendo há cinco anos, sem sucesso para engravidar teve que iniciar tratamento e sempre atenta para deixar uma brecha na agenda para o nascimento, mas o positivo nunca vinha. Agora com o retorno após a pandemia, agendando diversos casamentos e sem esperança de conseguir engravidar tão logo, o positivo apareceu. “Não foi por falta de planejamento, tentamos planejar, mas foi no tempo dela. No final tudo deu certo. As noivas das datas próxima a previsão de nascimento estavam sabendo e concordaram com a possiblidade do evento ocorrer com minha equipe, mas sem minha presença. Porém ela adiantou sua chegada e acabou tudo se encaixando”, revela.

Casamento

Sobre o retorno aos casamentos, Daisy revelou que este mês de maio está sendo o período com a agenda mais lotada do ano, mas não acredita que seja pelo “mês das noivas”, mas sim pela volta as festas mesmo. “Mês das noivas ficou só o nome. O período melhor para casar é setembro e outubro pelo inicio da primavera, flores mais baratas e mais diversas, além do clima mais agradável”, afirma.

O que Daisy mais sentiu mudar com a pandemia foi o número de convidados das festas. “Santa Cruz é diferenciada. Temos excelentes serviços e fornecedores. Sempre houve o costume de grandes festas com muitos convidados. Uma tradição das famílias grandes, e da cidade onde todos se conhecem. Com pandemia o cenário mudou e muitos estão optando pelos mini e micro weddings, devido aos custos por convidado. O que custava uma média 150 por pessoa hoje é 250 até 300 reais por convidado”, revela.