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Terapeuta cria projeto “Autoconhecimento na Pele” por meio de tatuagens

Publicada dia 11/05/2018 às 09:19:02

Arquivo Pessoal

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Normalmente ao observar os desenhos e o estilo de uma tatuagem pode-se, ao menos, imaginar um pouco sobre quem as têm. Mas, muitas vezes, por haver certas modas ao longo do tempo, como tribais, estrelinhas e símbolos do infinito, algumas pessoas podem acabar se arrependendo anos depois, vendo que já não se identificam com o desenho. Como, a princípio, uma tatuagem costuma ser para a vida inteira, há gente que pense muito antes de se decidir por um desenho, no caso da funcionária pública Sabrina Rosa, foram mais de dez anos, quando, aos 34, decidiu fazer a sua primeira tattoo. “Eu sempre quis algo que tivesse significado para mim e não para os outros. Até fiz uma pasta com inspirações, mas jamais faria igual a de outras pessoas, só quando conheci a proposta do Autoconhecimento na Pele é que me senti segura”, revelou.

O projeto a que Sabrina se refere é do santa-cruzense André Luis “Kppa”, que atualmente mora em Florianópolis (SC), mas ainda realiza trabalhos frequentemente no interior de São Paulo. Tatuador há 10 anos, André acabou se envolvendo com diversas terapias ancestrais e holísticas e decidiu dar um propósito maior a seu trabalho. “Eu passei por alguns momentos de dificuldades com a família e relacionamentos e, nesta busca, me formei em Reiki, Thetahealing, Constelação Familiar e Astrologia, até que um dia tive um insight em levar tudo isso para as tatuagens, assim eu poderia devolver ao universo e às pessoas tudo aquilo que havia me sido dado”, lembrou o tatuador.

Fã de Leonardo Da Vinci, arte e das mais variadas formas de expressão, o tatuador conta que sempre quis fazer algo diferenciado dentro deste universo, mas que, por muitos anos, nada o deixava feliz, então, já que sempre usou sua intuição para escrever textos em suas redes sociais, começou a aplicar o mesmo princípio em seus desenhos, aliado ao Reiki, meditação e astrologia, que deram um norte ao atendimento realizado atualmente em seu estúdio, que se chama Luuz. “Primeiro agendo um encontro em que há uma conversa para a pessoa me contar tudo sobre ela, inclusive data, local e hora de nascimento, para que eu efetue um mapa astrológico. Meditamos, faço Reiki, que é uma terapia de equilíbrio energético e depois passo para a fase de criação, em que, mediante tudo que foi conversado e por intuição, realizo uma arte. Toda vez que sento para desenhar eu medito, me auto-observo e sinto, até que seja concluído”, detalha. Ele conta que depois apresenta o desenho ao cliente, que normalmente adora, e, então, a tatuagem é feita em local a ser acordado entre os dois. “É como uma terapia e a tatuagem encerra o ciclo. A pessoa sempre vai olhar e saber que foi algo especial, que trouxe cura e autoconhecimento”, acrescenta.

 Apaixonada por espiritualidade e terapias alternativas, Sabrina se surpreendeu com o desenho feito pelo artista após a conversa e a sessão de Reiki. “Em nenhum momento eu mostrei referências ou disse como queria e, incrivelmente, o que ele me mandou era um conjunto de desenhos que eu tinha separado. Acabou sendo um leão, que é meu signo, com uma flor de lótus, que significa a pureza espiritual. O desenho representou a minha personalidade, a fase que estou passando e o que busco na vida. Toda vez que eu olhar vou me identificar e saber que fez parte de um momento importante”, ressaltou.