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Tempo seco é responsável por aumento de crises asmáticas

Publicada dia 19/07/2018 às 12:11:37

Jornal Atual

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Uma das doenças mais recorrentes do mundo, que afeta crianças e pessoas adultas, é a asma, que, a partir de uma inflamação dificulta a respiração, como explica o médico pediatra e alergista Glauber Cardin. “É uma doença crônica que causa a inflamação das vias aéreas, que são o nariz, o fundo da garganta, traqueia, brônquio e o pulmão. Então, quando inflamados, se dá a dificuldade de respirar, aperto no peito, chiado muito forte, que soa como um assovio, que é o chamado sibilo, e, respiração curta e rápida”, relata.

O médico afirma que a doença não é do tipo contagiosa, e nem pode surgir durante um período, portanto se trata de um transtorno genético, que passa de alguém da família para o bebê, que nasce com chances de adquirir asma, podendo desenvolver quando criança ou não. “A maioria dos casos de asma aparecem já durante a infância, mas, isso não significa que uma pessoa adulta, com chances de ter asma por casos familiares, que não teve durante a infância, se livrou disso, pois muitos fatores podem aumentar essas chances e causar a asma a partir de outras doenças respiratórias, ou até mesmo da gripe e resfriados”, alerta.

Além disso, segundo Cardin, situações comuns podem desencadear como também causar crises em pessoas que já sofrem com a asma. “O contato com poeira, cheiro de perfume, produto de limpeza, cigarro, pelos de animais, tecidos de roupas, como as lãs, realização de exercícios físicos, e, temperaturas climáticas, principalmente outono e inverno, que são tempos mais secos, e podem agravar os quadros”, aponta.

Glauber relata que a doença é confundida com bronquite, e até mesmo classificada como um tipo de asma, porém, o médico esclarece que a diferença é que a bronquite acomete apenas parte das vias aéreas e não o todo, como acontece na asma. Portanto, os tipos de asma são classificados entre leve, moderada e grave. “Os casos leves são aqueles que podem ser tratados pelo próprio paciente, que de vez em quando tem crises. Os casos moderados são aqueles que as vezes precisam ir até o hospital fazer inalação com oxigênio, e grave são pacientes que necessitam do auxílio do oxigênio sempre, e mais algum procedimento em casa”, detalha.

O médico declara que ainda não há cura, mas os tratamentos têm se tornado mais eficazes. “O melhor tratamento é a bombinha, que antes tinham efeitos curtos e tornava o paciente dependente deste, mas houve a evolução, que, inclusive, atualmente a bombinha se tornou um spray inalatório que contém medicamentos bronco dilatador e anti-inflamatório, capazes de prolongar o efeito, permitindo o alívio duradouro do paciente”, garante.

Para que crises sejam evitadas ou até mesmo serem desenvolvidas, Glauber recomenda que todos os cuidados de prevenção possíveis devem ser feitos. “É importante que pacientes não deixem apenas para tratar a crise, ou esperar acontecer, pois quando não é controlada, pode acometer problemas cardíacos, por exemplo. Além disso, é sempre importante estar com vacinas, de gripe e pneumonia, em dia, que são ótimas formas preventivas”, indica.