Silicone é mais procurado para modificar seios

Thaís Balielo

O silicone é utilizado em qualquer parte do corpo para cirurgia estética, mas é nos seios que ele é mais requisitado. A mamoplastia de aumento, ou implante de silicone no seio, é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo aumentar o volume das mamas e proporcionar um melhor contorno, firmeza e simetria.

A cirurgia é mais procurada pelas pacientes que desejam aumentar o tamanho das mamas. No entanto, o implante de silicone também é recomendado para casos em que houve o comprometimento da sustentação e firmeza das mamas, como as mulheres cuja perda de peso ou gravidez alterou o formato dos seios.

Mulheres que tenham assimetria entre as mamas também podem ser beneficiadas por esta cirurgia. O silicone ainda pode ser utilizado em cirurgias reparadoras em casos de câncer de mama. O cirurgião plástico Victor Panebianchi Filho afirma que entre todo tipo de cirurgia plástica, o implante de silicone é o mais procurado.

Ele explica que a paciente precisa avaliar o que ela deseja com a prótese. “A cirurgia deve ser feita para a pessoa se sentir melhor com o próprio corpo. Nunca para agradar o outro ou para seguir modismos. Apesar da cirurgia e o silicone estarem cada vez mais modernos, é um risco como em todo procedimento cirúrgico e deve ser avaliado se vale a pena”, alerta.

Victor explica que durante a consulta já identifica o perfil do paciente e o que ele espera da cirurgia. Então é escolhido o tipo de prótese e o tamanho. Existem diversos tipos de perfis anatômicos da prótese, além do volume a ser aumentado. “Cada corpo é de um jeito e as próteses diferentes são para diferentes formatos de tórax e seios”, exemplifica.

Outra mudança nas próteses atuais é que elas não necessitam ser trocadas. “Antes tinha que trocar a cada 10 ou 15 anos. Atualmente as próteses podem ficar na paciente por toda a vida. Claro que vamos sempre acompanhando com mamografia para avaliar se a prótese não apresenta nenhum problema”, diz.

Victor alertou que o paciente deve procurar sempre um profissional capacitado para a área que ele quer. “É fácil verificar na internet se o médico realmente faz parte da sociedade daquela especialidade. Ver se tem realmente aquela formação. Muita gente atuando em áreas que não é da sua formação”, afirma.

Apesar de a cirurgia ter um custo mais acessível atualmente, ainda é alto para muitas pessoas, o que leva a procurarem alternativas baratas, porém perigosas. Victor alertou do perigo da aplicação de silicone industrial diretamente no corpo feito por mulheres e por transexuais. “A prótese tem um involucro protetor e dentro é um silicone em forma de gel que mesmo que rompa não espalha. O silicone livre que essas pessoas aplicam pode migrar pelo corpo e causar problemas sérios”, alerta.