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Inverno aumenta a disseminação de doenças também em cães

Publicada dia 07/09/2018 às 12:22:55

Laura Teixeira

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Basta o inverno chegar e as temperaturas abaixarem que começam a aumentar, consideravelmente, o número de incidência de doenças, em que conforme o tempo climático, ficamos bem mais suscetíveis a adoecer. E isso é o que pode acontecer também com os animais de estimação, assim como nós, eles também ficam resfriados, gripados e com tosse, e, se não forem tratados a tempo, a doença pode evoluir para algo mais grave. Portanto, considerando gatos e cachorros, algumas doenças são mais comuns conforme cada animal, como explica o veterinário Renan Buzolin, que relata que a doença mais comum em cães nessa época é a chamada traqueobronquite infecciosa. "Também conhecida como Tosse dos Canis, é uma doença contagiosa, caracterizada por uma infecção respiratória. Os primeiros sintomas relatados pelos tutores são secreções naso-ocular e ataque agudo de tosse. Inclusive, normalmente os proprietários chegam à clínica se queixando que seu pet está engasgado. Porém, em casos mais graves, podem apresentar febre, perda de apetite, secreção nasal purulenta e dificuldade respiratória”, explica.

Como citado, o veterinário alerta que a doença pode ser contagiosa, passando de um animal para outro, sendo por contato direto ou indireto, pelo ar, secreções, e, que, principalmente por isso os donos devem se atentar aos sintomas citados e recorrer à um especialista para indicar os tratamentos possíveis. "Cada tratamento tem a variação da necessidade e de sua gravidade, portanto, o mais indicado é procurar um médico veterinário. Mas ainda, como é uma doença sazonal, ocorrendo com maior frequência em meses frios do ano, o indicado é abrigar os pets do frio e recorrer à melhor forma, que é a prevenção com vacinas, em que podem ser feitas duas doses inicias com intervalo de 21 dias e reforço anual", informa.

Ainda em cães, segundo Renan, no inverno é muito comum também a disseminação e transmissão do vírus da cinomose, em que ele a classifica como a mais grave, sendo além de contagiosa, viral. "Por ser um vírus que se replica rapidamente, seus sintomas podem ser variados, como a perda de apetite, diarreia, podendo ser sanguinolenta, vômito, febre e secreções nasais e oculares. E, se não diagnosticada rapidamente pode apresentar sinais mais graves por acometer o Sistema Nervoso Central, tendo como consequência os sintomas como andar desorientado, tremores musculares, tique nervoso, que podem evoluir para crises convulsivas, paralisia e óbito", alerta.

Quanto antes percebidos os sintomas e diagnosticada a doença, melhor, ainda porque o doutor afirma que não há medicamentos específicos para esta doença. "Não se tem nenhum tratamento especifico, ou seja, nenhum medicamento que combata a doença. Portanto o mesmo se baseia na estimulação da imunidade do animal e tratar os sinais apresentados, por isso, o quanto antes se deve procurar um veterinário para que realize um diagnóstico precoce e inicie o tratamento rapidamente antes de a doença atingir o Sistema Nervoso Central", indica.