Idosos têm carteira de vacinação especial
Thaís Balielo
Junto com o acesso à água potável, a vacinação é considerada a invenção que mais salvou vidas na história da humanidade. O aprimoramento da tecnologia e do conhecimento científico possibilitou ampliar a ação dos imunizantes e estender seu uso para outras faixas etárias, incluindo à turma que já passou dos 60. Hoje, esses recursos são considerados um pilar fundamental do envelhecimento saudável.
A enfermeira Nayara Moreno explicou que a carteira de vacinação do idoso é muito importante e ele deve sempre portar este documento. “É muito importante o idoso estar com a carteirinha de vacinação em dia e em posse dela. Ou ele ou o responsável direto. Importante estar sempre junto aos outros documentos, como RG e carteirinha do plano de saúde. Também deve levá-la às consultas (médica e de enfermagem). Outro fator é estar com a carteirinha em mãos em caso de acidentes como, por exemplo, ferimentos causados por quedas. Neste caso, o serviço de saúde tomará esta informação como base para seguimento do atendimento”, diz.
Nayara explicou que algumas vacinas do calendário são fornecidas pelo SUS como a de Influenza (gripe) e a Dupla Adulto, que é indicada em caso de idosos que forem viajar para áreas em que ainda existam casos de poliomielite. O SUS ainda oferece a vacina contra febre amarela.
Segundo a enfermeira, existem algumas outras vacinas que o idoso deve tomar, mas que não são fornecidas pelo SUS. Por exemplo, as pneumocócicas (VPC13 e VPP23), Hérpes Zoster e meningocócica conjugada (ACWY). Esta última indicada para regiões de surtos e viagens para áreas de risco.
A Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) é indicada para idosos após avaliação de risco individual e de suscetibilidade.
“É importante os idosos procurarem o médico responsável antes de se vacinar, pois algumas delas, dependendo do estado de saúde, podem apresentar algum risco. O médico fará uma avaliação custo benefício”, explica a enfermeira.
Nayara relata que controla a carteirinha e orienta a vacinação de seus pacientes, mas reclama que alguns ainda são resistentes a se vacinarem.