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Endometriose é doença crônica e de vários níveis

Publicada dia 08/05/2019 às 11:33:52

Thaís Balielo

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A endometriose é uma doença que acomete muitas mulheres e que pode causar infertilidade. O ginecologista e obstetra Gustavo Brasil Zacura explicou que a doença se caracteriza pelo encontro de tecido da camada interna do útero (endométrio) para fora da cavidade uterina.

Os lugares mais comuns para implantação deste tecido é na região pélvica como trompa, ovário, peritônio e intestino. No entanto, pode ser encontrado este tecido em qualquer parte do organismo.

A endometriose aparece em cerca de 10% das mulheres e o diagnóstico pode ser dado a partir da primeira menstruação. “Na maioria das mulheres a principal queixa é dor pélvica ou infertilidade. Esta doença vai aparecer no período da vida reprodutiva da mulher. Cerca de 30% das mulheres estéreis podem apresentar endometriose”, revela.

Gustavo explica que os sintomas mais comuns da doença é cólica no período pré-menstrual e menstrual. Dor no ato sexual, dor pélvica de várias maneiras como unilateral, bilateral, difusa, irradiar para as costas, ou para as pernas, além da dor ser sempre durante o período menstrual. “Se tiver acometido intestino ou bexiga haverá queixas intestinais ou urinária durante o período menstrual”, exemplifica.

O médico pondera que apesar das diversas teorias sobre porque ocorre a endometriose, ainda não há nada comprovado. Sabe-se que tem antecedente hereditário grande.

Zacura afirmou que o diagnóstico é dado por exame clínico, história clínica, ultrassom endovaginal, ressonância e tomografia, além de diagnóstico feito pelo sangue e através de biópsia. “Esta doença é classificada como leve, moderada e intensa”.

Hoje em dia o tratamento para endometriose é feito principalmente com medicações para inibir ou até mesmo bloquear a menstruação. Em alguns casos o tratamento deve ser cirúrgico, inclusive para a retirada do útero.

“A endometriose é uma doença crônica que depende de um acompanhamento médico contínuo. Usando estes medicamentos terá uma regressão nos sintomas, mas se não tiver um acompanhamento poderá voltar”, alerta.