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Comum, gastroenterite já atingiu mais de mil santa-cruzenses somente neste ano

Publicada dia 04/05/2018 às 12:11:28

Carol Leme

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Uma notícia publicada por uma santa-cruzense no Facebook acabou deixando munícipes em alerta. Ela disse ter passado por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no último dia 18 com sintomas de gastroenterite, quando o médico que lhe atendeu disse que ela seria a paciente número 58 em menos de 24h com os mesmos sintomas. Preocupada, ela disse que poderia estar havendo um surto da doença que atinge o sistema digestivo e a notícia se espalhou pela cidade.

No entanto, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Saúde, o mês com maior número de pacientes registrados neste ano foi fevereiro, quando, somente na semana de carnaval, 164 pessoas passaram pelos postos de saúde com os sintomas; no mês foram 274. Nas duas primeiras semanas deste abril, 185 munícipes foram diagnosticados com gastroenterite, um número alto.  O relatório mostra que, até o momento, 1.035 pessoas tiveram a doença. Em 2017, até o mesmo período foram 1.119.

De acordo com o gastroenterologista clínico Bruno Rasmussen Chaves a gastroenterite é comum e frequente em pronto socorros e, principalmente em instituições como asilos, creches e locais onde há proximidade das pessoas. “É uma doença contagiosa e no frio os riscos de contágio são maiores. É uma inflamação que acomete estômago e intestino, causada por vírus, bactérias ou pela ingestão de alimentos contaminados com toxinas bacterianas”, detalha.

Os sintomas são caracterizados por vômitos, cólica abdominal, diarreia e febre e pode se desenvolver em crianças, idosos, e pessoas com imunidade comprometida, pode tornar-se uma infecção bem intensa, levando à desidratação e a várias complicações. “Em casos extremos pode ser fatal”, acrescenta o médico.

 Segundo Bruno, o diagnóstico é feito, basicamente, pelo quadro clínico e, em alguns casos raros, pode-se fazer exames de sangue ou fezes para tentar determinar a causa. “Já o tratamento é de suporte, ou seja, não deixar o paciente desidratar, seja com soro via oral ou endovenoso se precisar. Em casos de evolução mais arrastada pode-se usar antibióticos e antivirais”, acrescenta.

Para prevenir a doença, é necessário lavar as mãos, cozinhar bem os alimentos, beber água filtrada ou fervida, evitar consumir alimentos em locais com falta de higiene e atentar para a validade e para a conservação dos alimentos.