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Clínica traz atividade assistida por animais como auxílio em terapias

Publicada dia 23/08/2018 às 17:30:07

Arquivo Pessoal

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Uma Clínica Interdisciplinar de Santa Cruz do Rio Pardo apresentou uma novidade para as sessões de terapia, trata-se da terapia assistida por animais, que tem como principal auxiliar, o Elvis, um cão da raça Golden Retriever, que tem como função contribuir com o bem-estar dos pacientes, trazendo mais leveza para o momento da terapia.

A ideia partiu da neuropediatra Ellen Manfrim, que baseou no procedimento cão terapia que é realizado por grandes centros para auxílio de diversas patologias. Assim, em setembro de 2017, ela adotou o cão com dois meses para iniciar o processo de adestramento para a futura integração nas terapias. “O Elvis está em processo de adestramento desde os três meses, com duas aulas semanais com um profissional específico. Como o cão ainda tem um ano, muitos processos ainda serão aprendidos e englobados ao seu comportamento”, explica.

Elvis será assistente em várias terapias além das aplicadas por Ellen, como pela terapeuta ocupacional, pela psicóloga, fonoaudióloga, psicopedagoga e pela fisioterapeuta Aletéia Rodrigues, que conta que o objetivo de integrar o cão na clínica envolve a visita, a recreação e distração unindo o animal às pessoas, valorizando o contato entre eles, e estimulando o aprendizado em terapia que a torna mais efetiva. E, segundo ela, entre os benefícios, relatos mostram que esta interação melhora o padrão cardiovascular, diminuindo a pressão arterial e os níveis de colesterol, entre outros. “Tal interação também produz o aumento da concentração plasmática de endorfinas, ocitocinas, prolactina, dopamina e diminui a concentração plasmática de cortisol, substâncias que atuam positivamente no estado de ansiedade. Investigações têm demonstrado que as sessões de TAA (Terapia Assistida por Animais) com cães e crianças hospitalizadas facilitaram a socialização, distração durante procedimentos dolorosos, companhia e lembranças de casa durante o processo de hospitalização”, afirma Aletéia.

A dona do Elvis, Ellen Manfrim, relata que todos os pacientes poderão ter contato com ele, porém, não é obrigatório, e antes de integrar o cão na terapia, os profissionais checam a possível aceitação. “Sempre conversamos com os familiares antes da terapia e, quando possível, perguntamos também para a criança se há o interesse em conhecer e brincar com o cão.  Há crianças que tem medo, nunca tiveram contato com um cachorro, e levar o Elvis para o atendimento desse paciente poderia trazer desconforto e não ganhos”, explica.

Segundo Ellen, um dos motivos que assustam os pacientes é o tamanho do cão e sua empolgação ao ver uma pessoa, mas ela garante que é muito calmo, carinhoso, brincalhão e amigável, características próprias já de sua raça, que o faz excelente companheiro para as crianças, o que justifica seu bom desempenho. “O Elvis participou de uma fisioterapia específica realizada na clínica, e, ele se comportou muito bem. Ficou o tempo todo calmo, esperava o contato das pessoas, sem pular, correr e se agitar muito. Foi um sucesso para o primeiro dia de trabalho. Depois do encerramento da sessão, ele também teve contato com algumas crianças com Transtorno do Espectro Autista que estavam em atendimento, e foi um momento muito especial e proveitoso. Isso nos mostrou como será valiosa a participação do Elvis nesses momentos de interação”, se anima.