Clínica Integrar realiza primeiro Simpósio sobre autismo
Thaís Balielo
O primeiro simpósio InTea “Autismo em Pauta” foi realizado em Santa Cruz do Rio Pardo nos dias 15 e 16 de fevereiro. O evento foi organizado pela Clínica Integrar e contou com palestras de três profissionais da área. Entre professores e profissionais da saúde, 230 pessoas se inscreveram e participaram do simpósio.
Organizadora do evento, a neuropediatra e neurofisiologista, Ellen Balielo Manfrim afirmou que o simpósio foi uma iniciativa completamente inovadora. “É o primeiro evento sobre diagnóstico de autismo não só em Santa Cruz do Rio Pardo, mas na nossa região. Traz em sua essência a necessidade de conscientizar sobre o transtorno e sobre a importância de tratar esses pacientes com terapias específicas, como a Análise do Comportamento Aplicada”, avalia.
Um dos palestrantes, o neuropediatra Paulo Liberalesso afirmou que este tipo de evento é de grande importância, não somente para os profissionais de saúde e educação, mas para toda a sociedade local. Também palestraram no evento a fonoaudióloga Renata de Lima Velloso e a psicóloga Cíntia Perez Duarte.
Ellen afirma que as estatísticas indicam que o número de pessoas diagnosticadas com autismo tem aumentado em todo o mundo. “Infelizmente, muitos pacientes, especialmente aqueles com sintomatologia leve, passam muito tempo sem diagnóstico, o que aumenta a chance de outros problemas na adolescência e na vida adulta”, alerta.
Entre as pessoas que participaram do simpósio, a maioria era de profissionais da educação. “Mais de 60% dos inscritos eram professores. Os demais eram profissionais de saúde, pais ou familiares. Ficamos felizes com os muitos educadores inscritos. Infelizmente falta muita capacitação para que a inclusão ocorra na prática. A Lei da Inclusão é linda, mas não foram criados meios para praticá-la de forma plena. Os educadores sofrem, sentem-se frustrados, pois não receberam orientação e formação necessárias para lidar com esses alunos. É papel dos profissionais da saúde auxiliar na inclusão dos pacientes em sala de aula, quando esta for indicada”, argumenta.
