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Alteração hormonal pode desenvolver pólipo endometrial

Publicada dia 21/06/2018 às 12:43:52

Mayrilaine Garcia

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Alteração hormonal é comum entre muitas mulheres, e, ocasiona, na maioria, menstruações irregulares. No entanto, essa irregularidade, pode se tratar de pólipos endometriais, como afirma o médico ginecologista Lucas Tosi. “Pólipos podem causar sangramento uterino anormal tanto durante o período menstrual nas mulheres no menacme, que é o período no qual as mulheres têm maior tendência em engravidar, ou já podem estar grávidas, quanto nas pacientes que estão passando pela menopausa, que na verdade não deveriam ter mais sangramento”, relata.

Segundo o ginecologista, o pólipo é como um nódulo que se forma a partir do endometrio, que é a camada interna do útero. “É definido como uma projeção nodular, podendo apresentar diversos tamanhos, formas, localização, base larga ou estreita, e, até mesmo pode ser simples ou complexos, com ou sem atipias, que indicam as alterações da doença,” explica.

Lucas relata que as causas são indefinidas, e, que, apesar de a alteração hormonal ser uma provável influente, fatores genéticos também podem influenciar, e pode ocorrer em mulheres de todas as idades. Além disso, os sintomas são poucos evidentes, em alguns casos, nem mesmo ocorrem, mas, considerando que a menstruação desregulada pode significar a doença,  as mulheres que estão na menopausa podem perceber com mais facilidade, visto que nessa fase qualquer sangramento é anormal.  “Para as menopausadas, todo sangramento deve ser investigado, enquanto para as mais jovens são necessárias às consultas ao ginecologista, assim, o diagnóstico pode ser feito a partir de um ultrassom”, revela.

Além desse método comum de diagnóstico, há também a chamada histerocopia, que para o médico, é a forma mais eficaz, até mesmo para a retirada do pólipo do tecido do útero. “O melhor tratamento é, sem dúvidas, através da histeroscopia cirúrgica. Esta, penetra-se na cavidade uterina e tem a visão completa e clara de toda a parte interna, ou seja, nada é deixado para trás. Ainda, através de uma alça de energia, remove-se toda e qualquer lesão suspeita” garante.

De acordo com o ginecologista, quando retirados os pólipos, são encaminhados para um patologista para que se possa indicar se trata do tipo benigno, que é comum, ou, maligno, que no caso, pode agravar outros problemas, até mesmo um câncer, cujas porcentagens de chances dependem do tipo correspondente. “A chance de malignidade é dada através dos tipos, os que têm menores riscos são os simples sem atipias, que correspondem a 1% de chance; os complexos sem atipias têm 3%, enquanto os simples com atipias aumentam para 8%. No entanto, os piores são os complexos com atipias que correspondem a 29%. Porém, mesmo que os resultados indiquem maior gravidade, depois de operado, não oferecem riscos de agravos. O método cirúrgico é prático e apresenta uma recuperação muito tranquila, no mesmo dia a paciente recebe alta. Por isso é sempre recomendado fazer a retirada dos pólipos, mesmo que sejam benignos”, conclui.