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Alimentação correta durante a gestação pode gerar dúvidas

Publicada dia 28/02/2019 às 10:41:08

Thaís Balielo

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Uma coisa que toda grávida deve ter em comum é sempre ouvir palpites. Uns falam para não comer algum alimento que faz mal, outro falam que não faz, outros falam para tomar chá, outros falam que é abortivo, uns falam que é precioso comer por dois, outros que é preciso fazer dieta para não engordar muito. Na gestante só resta muitas dúvidas de como ter a melhor gestação possível para o bebê se desenvolver corretamente.

A assistente administrativa Francieli Aparecida de Lima Kato, 28, está grávida de 38 semanas e passou por isso. Ela conta que seguiu alguns dos conselhos e evitou comidas muito gordurosas, temperos prontos, chá de canela, refrigerantes, carne mal passada, peixe cru e alimentos que utilizam ovo cru para evitar doenças. Ela também limitou o consumo de cafeína para uma xícara pequena pela manhã além de comer chocolate moderadamente.

Francieli aumentou o consumo de brócolis, pois soube que previne o câncer. Ela também melhorou o consumo de legumes e frutas diversas. A reportagem pesquisou sobre o assunto e realmente o brócolis é um alimento que pode prevenir o câncer, mas não há estudos que isso possa prevenir a doença para o bebê dentro da barriga.

Uma das frases que as grávidas mais escutam é “agora você precisa comer por dois”. Porém, especialistas alertam que isso é um erro. A gestante não deve aumentar a quantidade de alimentos. Segundo a nutricionista Tatiani Magri, é verdade que durante a gestação, há um aumento das necessidades de nutrientes e energia. Mas esse aumento é pequeno, o que significa que a alimentação da gestante não precisa ser modificada no sentido de se comer maiores quantidades de comida.

“É importante saber que, um consumo de alimentos maior do que o recomendado, pode fazer com que a gestante ganhe peso excessivamente, o que aumenta o risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional, assim como aumento da pressão arterial, que traz riscos para a saúde da mãe e do bebê”, escreve.

A especialista lembra que da mesma forma que não se deve comer de forma descontrolada, também não se deve fazer dietas restritivas para perda de peso na gestação. “A gestação é um momento especial, onde a alimentação deve atender as recomendações de energia e de nutrientes tanto para a mãe quanto para o bebê. Ao fazer dietas restritivas, você pode não ganhar o mínimo de peso recomendado na gestação além de desenvolver carências nutricionais o que traz riscos a sua saúde e a de seu bebê que está em desenvolvimento”, alerta.

Alimentos recomendados

Os ovos são importantes por conterem proteína, importante para a construção de tecidos e músculos do bebê, além de ferro, um mineral essencial para prevenir a anemia na grávida. Os legumes e verduras devem ser considerados a base da alimentação da gestante. Os vegetais são uma fonte de nutrientes essenciais para a formação do bebê e para o bem estar da mãe.

O consumo de frutas deve ser rotineiro e bem distribuído durante seu dia. Os nutrientes encontrados nas frutas ajudam a manter o estoque de energia da gestante e têm um papel importante no bem estar da pele e na formação de anticorpos.

Outra dica para os nove meses é uma pausa nos produtos industrializados e evitar os conservantes e corantes. Fonte de proteína, a carne tem papel fundamental na formação da placenta. Na carne, o organismo materno também encontra nutrientes importantes, como o ácido fólico e as vitaminas do complexo B, que têm um papel importante no desenvolvimento do tubo neural do bebê, além de ferro e vitaminas A e D.

A hidratação também não pode ser esquecida, pois é fundamental para evitar inchaço e também para melhorar a nutrição do bebê e ainda vai ser decisiva na amamentação. A geladeira da gestante deve estar bem abastecida de sucos e água de coco e da boa e velha água mineral.