< Voltar

Alerta para infecções sexualmente transmissíveis é reforçado no Carnaval

Publicada dia 17/02/2020 às 12:30:20

Ilustração

alerta-para-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-e-reforcado-no-carnaval


As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por mais de 30 vírus e bactérias através do contato, sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada. Desta forma, abrir mão do uso do preservativo nas relações expõe a pessoa e os parceiros com as quais ela se relaciona. Por isso, principalmente durante o Carnaval, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de proteção, incentivando o uso de camisinha. 

De acordo com Ana Carolina Mariano, 40, Enfermeira coordenadora de Combate a Endemias da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Rio Pardo, o SUS oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV (o vírus causador da aids), e também para os diagnósticos da sífilis e das hepatites B e C. “Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral, e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos”, explica Ana Carolina. A enfermeira salienta que os exames são oferecidos durante todo ano à população em todas as unidades de saúde, sempre às sextas-feiras, das 13h às 16h. “O tratamento para todas as ISTs é fornecido na rede pública de saúde”, diz. Segundo Ana Carolina, há um ligeiro aumento na procura por exames de ISTs após o período do carnaval. “Hoje em dia a população está se protegendo mais no carnaval, está mais consciente”, afirma a enfermeira. 

O Ministério da Saúde preconiza a camisinha como o meio de prevenção mais eficaz no controle de ISTs entre a população sexualmente ativa, como o HIV – que não tem cura –, sífilis, gonorreia e clamídia, por exemplo. Dados do último boletim epidemiológico do HIV/Aids mostram que o HIV cresce mais entre os jovens brasileiros. A maioria dos casos de infecção pelo HIV no país é registrada na faixa de 20 a 34 anos (52,7%).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções. Doenças antigas, que remontam à Idade Média, como a sífilis, por exemplo, ainda hoje podem ser consideradas uma epidemia pela falta de proteção adequada. Em Santa Cruz do Rio Pardo os casos de sífilis aumentaram nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, em 2016 foram 26; em 2017 44; em 2018, 52 e em 2019, 54 caos.