< Voltar

Adoçantes naturais são mais indicados atualmente

Publicada dia 21/05/2019 às 09:08:55

Thaís Balielo

adocantes-naturais-sao-mais-indicados-atualmente


O uso de adoçantes naturais ou artificiais é uma rotina para os diabéticos e para quem quer fugir das calorias do açúcar. Porém, a nutricionista Fabiana de Mello Romano Pegorer alerta para os riscos do uso de alguns tipos de adoçantes e explica quais os indicados para cada situação.

Atualmente os tipos de adoçantes mais consumidos são aspartame, sacarina, sucralose, acessulfame-k, ciclamato, estévia e os poliois. “Apesar de serem considerados seguros, os adoçantes artificiais são polêmicos, pois diversos estudos indicam que podem provocar o desenvolvimento de doenças, como o câncer. Por conta disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceram limites para a ingestão diária de adoçantes”, diz.

Fabiana recomenda a seus pacientes educar o paladar para consumir o sabor natural dos alimentos. “Quando necessário o uso do adoçante é melhor optar pelos naturais, como o estévia. Mesmo assim, é importante que a dieta com adoçantes seja acompanhada do nutricionista ou médico”, afirma.

A nutricionista revela que a conclusão de diversos estudos sugere que os adoçantes artificiais não são benéficos para perda de peso, pelo contrário, podem aumentar o apetite, estimular o mecanismo de recompensa do cérebro para compensar a “falta de calorias” de alimentos doces.

“Os adoçantes naturais são obtidos a partir de plantas ou alimentos de origem animal. Não passam por reações químicas. Embora possam conter calorias, têm poder adoçante muito superior ao da sacarose (açúcar normal), o que propicia um consumo em menores quantidades”, argumenta.

Além da questão da escolha do adoçante natural ou artificial, outro fator a ser levado em conta é em que alimento ele será colocado, pois alguns adoçantes alteram sua composição em contato com altas temperaturas e podem se tornar tóxicos. É o caso da sucralose. “Considerado o adoçante mais seguro na atualidade, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e crianças. Porém estudos atuais relataram que quando aquecida a 90°C durante 15 minutos ou mais, a substância tem sua composição alterada, liberando hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados (HPACs), compostos tóxicos que se acumulariam no organismo e seriam potencialmente cancerígenos”, revela.

Fabiana explicou que o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), defende que os adoçantes artificiais devam ser utilizados apenas por pacientes com necessidades clínicas especiais, respeitando-se sempre os limites de Ingestão Diária Aceitável e com a orientação e supervisão de um nutricionista.

“O Instituto Nacional de Câncer (INCA) reforça a ideia de tirar o açúcar e o adoçante da mesa e sentir o sabor verdadeiro dos alimentos, educar o paladar para sentir o real sabor dos alimentos. Muitos alimentos industrializados como os diet, light, zero e até mesmo os normais possuem edulcorantes em sua composição, atualmente é comum alguns produtos anunciarem que não possuem açúcar e não especificar que houve a troca por adoçantes. Portanto, para saber se está consumindo adoçantes, fique atento à lista de ingredientes nos rótulos dos alimentos”, alerta.