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Programa de apoio ao cuidador da Santa Casa de Misericórdia de Marília é referência

Publicada dia 24/11/2017 às 12:02:24

Assessoria de Imprensa

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O Programa Cuidando do Cuidador da Santa Casa de Misericórdia de Marília é referência para o Estado de São Paulo. A ação consiste em dar apoio ao cuidador, seja ele acompanhante ou colaborador, para garantir a segurança do paciente, tanto no hospital quanto após a confirmação da alta. 

Reuniões semanais são realizadas no salão de reuniões da instituição com a equipe multiprofissional e os cuidadores. Na oportunidade, são informadas as principais dificuldades deles e os profissionais da Santa Casa devidamente capacitados passam as orientações corretas de como proceder de uma maneira geral, assim como em casos específicos.

De acordo com a fonoaudióloga da Santa Casa, Luciana Flosi, o programa faz parte da proposta de desospitalização para pacientes com grandes sequelas. “A parceria é entre os colaboradores, a família e o paciente neste processo de cuidado”.

Fazer o cuidador sentir segurança e passar o mesmo para quem está sendo cuidado. Este é o principal foco do programa. “O colaborador precisa enxergar no cuidador um parceiro”, salientou Flosi.

A equipe de profissionais que atua no Programa Cuidando do Cuidador da Santa Casa de Marília conta com assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogas.

A partir das orientações passadas pela equipe do programa, o cuidador aprende a maneira correta de alimentar, trocar, dar banho e fazer curativos no paciente. O cuidador também é orientado como proceder em pacientes com traqueostomia (intervenção cirúrgica que consiste na abertura de um orifício na traqueia para a colocação de uma cânula para a passagem de ar).

“Com este trabalho nós pretendemos também reduzir as reinternações, garantir mais qualidade de vida ao paciente e humanizar a assistência. Fazemos o cuidador ver que quem está ali, na cama, é um familiar, com toda uma história”, explicou a fonoaudióloga.

Flosi lembrou que o cuidador também precisa de cuidados físicos e emocionais. “É vida que segue e outras pessoas do convívio familiar devem ajudar. O cuidador tem que se alimentar, dormir, ter uma vida social”.

Informações sobre questões trabalhistas e previdenciárias também são tratadas na oportunidade para garantir os direitos das famílias de pacientes internados na Santa Casa.

A articuladora de humanização do DRS IX (Direção Regional de Saúde), Márcia Régis Rodrigues, participou de encontro recente do grupo e elogiou a disponibilidade da equipe para assistir os cuidadores. “É fundamental conhecer o que as famílias fazem e garantir este cuidado de qualidade dentro e fora do hospital”.

Cuidadores

Mãe da jovem Andrelisa, de 15 anos, internada há cinco meses na Santa Casa, com sequelas de uma hipoxia cerebral grave, a dona de casa Rosana Merighi, moradora de Osvaldo Cruz, disse que o programa ajuda bastante. “Aprendi tudo aqui no hospital. Como dar banho, como virar ela. Minha filha teve complicações após uma infecção de ouvido e chegou aqui com os olhos fechados. Hoje eu percebo que ela entende o que eu falo, tem emoções. Me apego na fé e tenho certeza que a recuperação dela vai acontecer aos poucos”.

Já a dona de casa Olívia Vicente, está no hospital acompanhando a filha Beatriz, de 18 anos, que já passou por duas cirurgias para a retirada de tumores na região da mandíbula. “O pessoal da Santa Casa tira nossas dúvidas e ajuda bastante. Como foi feita a traqueostomia, estou me informando certinho sobre como proceder, até para avisar os profissionais quando for necessário algum tipo de intervenção”.

Acompanhando o marido, que se recupera de um câncer no intestino, a aposentada Maria Irene Lima agradeceu a equipe. “Eles são bastante atenciosos e estão sendo muito importantes para mim. Meu marido luta contra o câncer há cinco anos, voltou a ser internado, mas, se Deus quiser, logo estará em casa. Vou continuar fazendo tudo o que aprendi aqui”.