TCE fala em falta de planejamento na gestão de Gimenez na Codesan

Jornal Atual

Foi lido na sessão da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Rio Pardo na sessão da última segunda-feira, 16, um documento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) apontando irregularidades da administração de Claudio Agenor Gimenez na Codesan (Companhia de Desenvolvimento Santacruzense).

Claudio assumiu a presidência da empresa em 2015, e ficou até o começo deste ano, quando se desligou da empresa, que deixou de ser uma economia mista e se tornou uma autarquia. Hoje, Gimenez ocupa o cargo de Assessor de Assuntos Políticos na Prefeitura Municipal.

Segundo parecer do Tribunal, ao assumir a empresa, o presidente realizou várias demissões, e dezenas de contratações irregulares, e ainda fala em falta de planejamento na gestão. “As justificativas apresentadas para as contratações decorrentes do Processo Seletivo 01/2015 não foram suficientes para comprovar a necessidade temporária de excepcional interesse público, e não foram apresentadas justificativas para as contratações efetuadas no Processo Seletivo 02/2015, e ainda foram feitas diversas rescisões de servidores por iniciativa do empregador, descaracterizando as contratações temporárias embasadas em aumento de demanda”, é um trecho do documento.

Em sua defesa, Claudio Gimenez disse que ao assumir, se deparou com inúmeras dificuldades, obras paradas e por isso a necessidade de contratações. Já em relação as demissões, o então presidente da Codesan alegou que os funcionários não correspondiam ao serviço, e muitos inclusive se apresentavam para trabalhar sob o uso de álcool e outras substâncias entorpecentes.

Os argumentos não convenceram o auditor Josué Romero, que julgou ilegais as contratações, e o processo além de ter sido enviado para a câmara de Santa Cruz, também foi para o Ministério Público de Contas.

O vereador Luciano Severo, desafeto de Claudio Gimenez, após presidir a CPI na câmara que investigou as horas extras irregulares na Codesan, foi o único a tribuna para comentar a situação. “Este documento é uma prova que a CPI foi séria, muitas pessoas tentaram descaracterizar nosso trabalho, e posso garantir, isso é apenas o começo, vem mais coisa por aí e aproveito também para alertar um órgão de imprensa da cidade que insiste em tentar “endeusar” o Claudio Gimenez. Esperem mais um pouco antes de inocentarem algumas pessoas”, disse.

Já Claudio não quis gravar entrevista, alegando não ter recebido oficialmente nenhum documento do TCE. “Estou bastante tranquilo, só vou me pronunciar quando receber algo. Já em relação ao vereador que está me atacando, terá que responder na Justiça e provar tudo que está falando”, ponderou.