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Riopardense ganha licitação e deve fazer transporte de universitários

Publicada dia 15/04/2018 às 17:46:24

Mayrilaine Garcia

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Ao que parece, a novela do transporte de universitários às faculdades de Jacarezinho, Marília e Ourinhos teve um fim na última sexta-feira, 13. As empresas que ficaram do 2º ao 6º lugar na primeira licitação foram chamadas para comparecer em um pregão, cujo o menor lance, dentro da expectativa de pagamento da prefeitura, seria definido como vencedor. A viação Riopardense, que atualmente faz o transporte público em Santa Cruz do Rio Pardo acabou dando lances menores que as demais e venceu em todas as cidades propostas.

Estiveram presentes no pregão a San Carlos, a Riopardense e a Rodrigues, que é de Londrina (PR), e concorria somente para o transporte em Jacarezinho (PR). Para a cidade paranaense, o primeiro colocado presente foi a Riopardense, que na ocasião da licitação apresentou o preço de R$ 6,90 por quilômetro rodado, que foi mantido na manhã de ontem. Já para o micro-ônibus de Jacarezinho, houve um empate entre a San Carlos e a Rodrigues, em R$ 5,07 e abriu-se uma disputa junto a Riopardense, que também apresentou uma proposta dentro do esperado pela prefeitura, pelo menor valor. A San Carlos declinou nas primeiras propostas e, após muitas propostas, a Rodrigues acabou cedendo e a Riopardense foi a vencedora, com R$ 4,30. Preocupada, a pregoeira responsável alertava a cada lance que o serviço deveria ser de qualidade e que o diesel sobe muito durante um ano, para que os propositores ficassem atentos ao valor proposto.

Para a cidade de Marília, a Riopardense também venceu devido ao preço apresentado na licitação, que foi de R$ 6,50 por quilômetro. Para Ourinhos, onde são necessários 7 ônibus, a Riopardense apresentou o valor de R$ 7,27. Até o fechamento da reportagem, todos os documentos da Riopardense foram apresentados, nenhum dos concorrentes se opôs ao resultado e estava sendo elaborada a ata da reunião para validá-la.

Mostrando claramente a sua insatisfação durante a reunião, o proprietário da San Carlos, José Carlos da Silva pediu a palavra ao fim do pregão. “Eu espero que a vencedora cumpra todas as exigências e esteja com tudo legalizado, porque eu serei um fiscalizador da prefeitura, já que prestei este serviço por 18 anos”, proclamou. Em conversa com o Atual, José Carlos contou que terá que demitir, pelo menos, 12 dos seus 24 motoristas. Em contrato emergencial, a San Carlos ficará por mais 60 dias com o transporte para as cidades envolvidas na licitação e depois segue somente com os ônibus de Bauru, que ainda tem contrato vigente.

O representante da Riopardense, Samuel Silva Santos contou que a empresa foi adquirida há um ano pela Rápido Turismo, que pretende investir na infraestrutura da empresa, que tem recebido críticas quanto ao transporte coletivo em Santa Cruz. “Quem sabe com este contrato não conseguimos melhorar o serviço municipal. Mesmo com o reajuste em R$ 0,20 o preço ainda está defasado, pois grande parte dos usuários é idoso e não paga. Por isso, manter a empresa com cinco ônibus rodando, funcionários e garagem fica difícil”, afirmou.

Sobre o preço, que preocupou os concorrentes, Samuel afirmou que consegue trabalhar com margem de lucro tranquila e que manterá a qualidade atual, prestada pela San Carlos.  “Se não desse para trabalhar neste valor eu não teria ofertado. Temos ônibus com 5 a 10 anos de uso, são todos executivos conforme pede no edital, e a diretoria tem a experiência necessária para este transporte universitário”, finalizou.

Otacílio desiste de ônibus municipal gratuito

Em entrevista à rádio Antena A, na quarta-feira, 11, o prefeito Otacílio Parras Assis mostrou que mudou de ideia quanto ao transporte municipal gratuito, que havia sido proposto em uma outra entrevista no mês passado.

O prefeito afirmou que está em fase de elaboração da documentação para abrir uma nova licitação e, caso esta não ocorra, a Codesan deve assumir o serviço, já que a prefeitura está comprando alguns ônibus. “A ideia era que fosse gratuito, mas ouvindo outras opiniões, percebi que haverá aumento da demanda atual, e teríamos que ter mais ônibus e motoristas, o que custaria mais do que os R$ 100 mil previstos”, disse à rádio.