Mototaxistas pressionam prefeito contra novos pontos na cidade
Carol Leme
Cerca de 10 mototáxis estiveram na sala do prefeito nesta quarta-feira, 10, para uma reunião convocada por Otacílio Parras. Segundo informações, uma reunião vinha sendo requerida pelos mototáxistas há dias, visando definir alguns pontos referentes à categoria.
No entanto, os assuntos foram divergentes e, ao que pareceu, a reunião não foi muito produtiva. Enquanto alguns queriam reclamar sobre o valor das tarifas, outros se mostraram contra a informação de que serão abertos dois novos pontos na cidade. “Cada um ficou falando sobre uma coisa, no fim não discutimos nada, até porque, o prefeito que manda, nossa opinião não contou nada”, disse um deles. Outro motociclista que não quis se identificar por medo de retaliações reclamou que já há motos em excesso fazendo o transporte. “Tem um ponto que tem uns 40 motoqueiros, outros têm 18 ou 20, já tem gente demais para abrir mais pontos”, declarou.
O motáxista Antonio Carlos de Souza diz que há espaço para novos empresários no setor, mas tem receio dos valores que serão praticados. “Hoje a maior briga é o preço, já que o mais comum é cobrar R$ 6, mesmo assim tem quem cobre menos para levar cliente do outro. Penso que os novos podem cobrar menos para atrair a clientela, então tinha que estipular um mínimo de R$ 6”, alegou.
Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos, Renato Alvim, sobre abrir pontos em Santa Cruz não há o que discutir, uma vez que a lei determina o número de mototáxistas de acordo com o número de habitantes, que cresceu nos últimos dez anos. “Se a lei permite, iremos obedecer, e nos é conveniente abrir mais dois pontos. Temos atualmente seis protocolos de interessados, e iremos atender conforme documentação e ordem de pedido”, esclareceu. O secretário informou existem apenas 31 mototáxistas cadastrados na prefeitura, sendo que atualmente ocupam 164 vagas. “Para os 48 mil habitantes que temos, podemos ampliar para 188 mototáxistas, então é urgente que eles comecem agora a regularizar a sua situação, pois em breve teremos um novo decreto”, detalhou. Para se registrar na prefeitura, o mototáxista precisa pagar uma taxa anual de R$ 163 se for pessoa física ou R$ 50 se for microempresário.
Quanto ao preço da corrida, Alvim declarou que este é regulamentado conforme o preço da passagem de ônibus, que é o valor mínimo, sendo o máximo três vezes este valor. “Se estiverem cobrando menos que isso, podem denunciar, caso contrário é isto que a lei determina”, finalizou.
