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Ex-secretário municipal declara pré-candidatura à deputado estadual

Publicada dia 15/04/2018 às 18:09:11

Carol Leme

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Depois de quase um ano como secretário na Educação municipal, Fernando Bittencourt surpreendeu prefeito e imprensa com um anúncio de saída no mês passado. O motivo, de acordo com ele, seria para exercer a profissão de advogado, já que foi aprovado na OAB neste ano, apesar de estar formado desde os anos 90. Neste final de semana, mais uma surpresa, ou nem tanto assim. Fernando declarou ser pré-candidato a deputado estadual pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), junto com Deputado Capitão Augusto (PR), que já é deputado federal. Boa parte da imprensa havia especulado que a saída da secretaria seria para seguir uma carreira política, o que Bittencourt nega.

Confira entrevista do Atual com Fernando Bittencourt, que pretende concorrer às eleições como deputado estadual.

Atual: Por que se candidatar a deputado sem nunca ter sido eleito em um cargo político municipal?

Fernando Bittencourt: É simples, porque não há esta necessidade.  O (Ricardo) Madalena, se não me engano, nunca teve cargo político ou público antes de se candidatar. A ideia é amplificar o que já venho trabalhando a nível municipal nos últimos anos.

A: Você saiu da prefeitura dizendo que iria ser advogado, e, menos de um mês depois, anunciou a pré-candidatura. Advogar foi somente uma desculpa para deixar o cargo?

F: Não foi desculpa, tanto é que estou advogando e mesmo como pré-candidato posso continuar. Inclusive já tenho clientes com processos em andamento, fruto de uma parceria com escritórios grandes por meio de velhos amigos. Eu procurei alguma vaga na área educacional que fosse compatível com direito, pois advogando eu veria dinheiro daqui 2 anos. Aí surgiu esta oportunidade para a pré-candidatura.

A: E como surgiu esta ideia de ser deputado estadual?

F: Depois que saí da prefeitura eu precisava arrumar alguma coisa ligada à Educação, que foi o que fiz a vida inteira, e que me permitisse advogar ao mesmo tempo, então comecei a fazer contatos nas duas áreas. Falei com novos amigos e um deles é o João Cury Neto, (ex-prefeito de Botucatu e até então presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação), que concorreria à deputado federal, e ele me disse que iria ver se me encaixava em algo e no dia seguinte me ligou dizendo que queria que eu fizesse uma “dobradinha” com ele, saindo como deputado estadual. Porém ele acabou aceitando a secretaria de Educação do Estado e desistiu da eleição. Eu tive que procurar outra pessoa para fazer esta parceria e, no caso, foi o Capitão Augusto.

A: E por que o Capitão Augusto?

F: Eu tenho muitos amigos que trabalham com ele que fizeram essa ponte quando souberam que o João Cury não poderia mais ser candidato a deputado federal. Acabou dando certo. Eu o admiro, acompanho os recursos que passa à nossa cidade e agora, que estou mais a par, descobri que ele ajudou bem além do que eu imaginava, não só Santa Cruz, mas a região.

A: Vocês têm ideologias compatíveis?

F: Não sei exatamente os objetivos e ideias do Partido da República, mas da parte do Capitão, tudo que conversamos mostrou que somos bem parecidos na ajuda às entidades, Educação e até mesmo da segurança pública, que é uma necessidade, bem como a Saúde. A conversa foi boa e parece que nossas ideias batem.

A: O que gostaria de fazer na cidade e região?

F: Agora eu e as pessoas que estão me ajudando, vamos desenvolver os projetos, pôr no papel as ideias e esperar para decidir também junto ao Capitão Augusto. Então não vou dizer muito por enquanto.

A: Temos, possivelmente três candidatos a deputado estadual na cidade, os votos não ficarão fragmentados?

F: 3? Eu só estou sabendo de dois, eu e o Madalena

A: O Mira declarou no início do mês que é pré-candidato...

F: Eu não sabia, ele declarou, mas não efetivou ainda. Talvez fique bem fragmentado, mas tem espaço para todos, Santa Cruz é grande, tem muitos eleitores e ninguém está disputando nada com ninguém. Na verdade, eu estou disputando com 140 candidatos do meu partido. A região é grande e temos que trabalhar na região também, mais longe, tenho outras pessoas que poderão fazer a campanha por mim.

A: Se não for eleito, pretende concorrer à prefeitura em 2020?

F: Não, não é meu sonho realizar o que quero como prefeito.

A: Você conta com o apoio da Maçonaria nesta nova fase?

F: Ela é apolítica, inclusive, nem em loja discutimos. Lógico que tenho muitos irmãos, não só em Santa Cruz, mas na região. Fiz um ótimo trabalho como presidente da Maçonaria, fizemos o quarto na Santa Casa que é lindo, Passos Que Salvam e beneficências, e eles acreditam em mim, conhecem meu trabalho como secretário, e no Senai e por isso acho que posso contar bastante com eles.