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Por falta de funcionários, Santa Cruz perde plantão 24 horas

Publicada dia 01/04/2019 às 09:29:26

Renan Alves

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Por falta de funcionários, Santa Cruz do Rio Pardo está perdendo o seu plantão 24 horas da Polícia Civil localizado no centro da cidade. A partir dos próximos dias, qualquer fato ocorrido no período noturno só terá o boletim de ocorrência registrado pela Civil se existirem vítimas e o contato for realizado pela Polícia Militar, caso contrário, o munícipe deverá efetuar o registro através da Delegacia Eletrônica, pelo site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.

Para o delegado seccional de Ourinhos, Antônio José Fernandes Vieira, a reestruturação está visando melhorar o trabalho da polícia. “Não há sentido manter um prédio para poucas ocorrências, nas três ultimas madrugadas registramos apenas uma ocorrência. Estamos transferindo para a Central de Polícia Judiciária, o plantão, não faz sentido abrir um prédio e fechar outro duas vezes por dia tendo que deslocar expedientes, objetos e funcionários, essa é a filosofia do Governo do Estado e da Polícia Civil, estamos buscando uma identidade única e zelando pelo dinheiro público gerando economia”, afirmou.

Antônio explicou que o plantão funcionará em regime sobreaviso, ou seja, a Polícia Militar acionará a Polícia Civil, que abrirá a CPJ para efetuar o registro do crime. “Temos que voltar o nosso esforço para investigações e soluções de crimes e não deixar funcionários em plantões noturnos sem necessidade”, pontuou.

O delegado afirmou ainda que pretende aumentar o quadro de policiais de Santa Cruz do Rio Pardo. “O Governo tem prioridade na segurança, mas a Academia de Polícia ainda está elaborando concursos públicos e formando mais policiais, portanto demora”, explicou.

Além do plantão, a emissão do RG também está sofrendo mudanças. Nas próximas semanas, a Prefeitura Municipal assumirá o serviço. “Eles estão cedendo os equipamentos, e nós os funcionários e o local, que provavelmente funcionará na Casa do Empreendedor”, disse o prefeito Otacílio Assis (PSB).

Já considerado o antigo prédio da Polícia Civil, nesta semana diversos funcionários já estavam efetuando a mudanças de objetivos, móveis e eletrônicos. “A prefeitura manifestou interesse em obter doação do Estado e concentrar projetos e Secretarias no prédio. Provavelmente uma espécie de Poupatempo com emissão de documentos, mas o Estado também pode abrigar algum órgão, como por exemplo, o Ciretran, que hoje paga aluguel”, explicou o delegado.

Tecnologia

O delegado afirmou ainda que está tentando implementar em toda a região um sistema tecnológico para aliviar os serviços da Polícia Militar e Civil. “Aqui em Ourinhos já realizamos e é muito eficiente, enquanto gastamos três horas em um caso, coletando imagens usamos no máximo meia hora”, disse.

A ideia de Antônio é coletar todos os depoimentos dos envolvidos em um crime através de mídia audiovisual. “Não precisamos mais escrever todos os relatos e o juiz do caso assistirá as imagens e terá como julgar de uma maneira melhor, analisando comportamento, tons da fala e se for agressões, até provas visuais”, pontuou.