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Por demora do Corpo de Bombeiros, incêndio em mato atinge e destrói carretas

Publicada dia 27/08/2018 às 12:07:16

Jornal Atual

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Além da falta de chuva e da umidade relativa do ar atingir 24% na região, a demora no atendimento ao chamado de fogo em mato pode ter sido o principal fator que levou à destruição de cinco veículos no Distrito Industrial de Santa Cruz do Rio Pardo. O fato aconteceu no início da noite de segunda-feira, 20.

Segundo o empresário e responsável pelo acionamento do Corpo de Bombeiros durante o incêndio, Marcos Adelino Pichinin, a espera foi de 30 minutos, tempo necessário para o fogo que pode ter se iniciado em um terreno da Metalúrgica Rio Pardo se alastrar e atingir seu posto de combustível. “Fizemos a ligação, passados quinze minutos eu fui pessoalmente até a corporação porque estava muito preocupado com os combustíveis e veículos do posto, mas foi tarde”, lamentou.

O proprietário da metalúrgica negou que tenha ateado fogo em seu terreno e afirmou que ao perceber o que estava acontecendo tentou apagar o incêndio com cal, e também acionou o Corpo de Bombeiros pelo telefone.

O veículo mais danificado foi do empresário Edison Aparecido Marrero, uma carreta carregada de equipamentos de som, iluminação e material pirotécnico. Edison não quis gravar entrevistas e o prejuízo ainda não foi divulgado.

Para o sargento do Corpo de Bombeiros, Louzado, o procedimento aconteceu dentro dos padrões da corporação. “Nós chegamos dentro de nosso tempo estimado como em todas ocorrências normalmente, não tivemos acionamento presencial. Como ficamos do outro lado da cidade, demoramos sete minutos para chegar”, disse.

O sargento ressaltou ainda que o espaço não possuía segurança. “É um estacionamento de carretas praticamente abandonado”, afirmou.

Desentendimento

Ainda durante a ocorrência, um desentendimento entre integrantes da PM e o empresário Marrero chamou a atenção dos presentes. Segundo testemunhas, Edison estava com mais algumas pessoas acompanhando o fogo, quando a Polícia pediu para que deixassem o local, o empresário teria se apresentado como dono da carreta em chamas e que gostaria de acompanhar os trabalhos. A partir disso, foi iniciada uma discussão, e até o início de agressões, contidas por testemunhas que pediram para que todos focassem no trabalho de conter as chamas. “Acredito que faltou um pouco de bom senso, a pessoa está ali vendo todo seu material ser consumido pelas chamas, estava bastante nervosa e em um local fora de perigo, não precisava disso”, disse uma testemunha.