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Para delegado, denúncias de Sueli Feitosa são fantasiosas

Publicada dia 01/04/2019 às 09:26:13

Renan Alves

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Para o delegado seccional da Polícia Civil Antônio José Fernandes Vieira, as denúncias feitas pela ex-tesoureira, Sueli de Fátima Feitosa, que desviou milhões dos cofres públicos de Santa Cruz do Rio Pardo, são fantasiosas. A alegação aconteceu em uma coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira, 28, em Ourinhos.

“Precisamos ter cautela, porque pode ser questão de autodefesa, ela cita ameaças e histórias envolvendo mototáxis que, eu, como investigador, entendo como fantasiosas e que é o exercício do direito da autodefesa”, alegou. O delegado afirmou que todos os citados por Sueli Feitosa já foram ouvidos, mas se necessário, serão intimados novamente. “Temos que tomar cuidado porque ela está tentando se defender atacando”, opinou.

Antônio afirmou que o caso segue sob sigilo e que a Polícia Civil ainda aguarda a perícia contábil da prefeitura para analisar se confere com a perícia realizada pelo setor especial da polícia.

Questionado sobre o prefeito Otacílio Assis (PSB) nunca ter sido ouvido, o delegado alegou que o Parras não é investigado e não ‘chegou o momento’ de ouvi-lo. “Requisitamos todas as licitações que a Sueli cita como irregulares e estamos analisando, sendo constadas irregularidades ou não, ouviremos o prefeito”, afirmou.

Há alguns meses, a prefeitura enviou uma nota afirmando que finalizaria sua perícia no mês de fevereiro, fato que não aconteceu. Ontem, 29, em nota, o município afirmou que não há como mensurar em porcentagem o quanto dos trabalhados periciais foram concluídos, por se tratar de ‘atividade intelectual’. “Apesar disso, acerca do seu desenvolvimento, hoje, simultaneamente, estão sendo finalizados os trabalhos da segunda etapa e executados aqueles da terceira e última fase, com prioridade de finalização daqueles que interessam à persecução penal”, afirma.

A prefeitura alegou ainda que foram identificadas falsificações no movimento diário de caixa e, com isso, fará uma revisão dos trabalhos. “Durante a finalização da sua última etapa, identificou-se que, na documentação do movimento diário de caixa, valores que eram anotados como depósitos, nos livros contábeis correspondiam a operações de investimento e resgate em aplicações financeiras, circunstância que altera o enquadramento dessa movimentação nas planilhas e relatórios da perícia, assim, obrigando uma revisão daquilo que tinha sido apurado para afastar eventuais inconsistências que pudessem macular todo o trabalho realizado”, diz a nota.

A respeito do contrato, o órgão alega que nada foi aditado ou acrescido ao seu valor, desde a data da contratação. “Apenas houve prorrogações dos prazos de execução, pois os trabalhos se mostraram mais complexos e morosos ao que estimado por ocasião da realização da licitação dada a sua especificidade”, finaliza.