Homem que matou outro com Fusca no Parque das Nações é liberado

Carol Leme

No último sábado, 24, o morador do Parque das Nações Aparecido Seabra Filho, 51, foi atropelado duas vezes por um Fusca após desavenças com um outro morador do bairro, João Albino. No dia seguinte, Aparecido acabou morrendo por causa dos ferimentos causados no atropelamento.

O fato aconteceu por volta das 21h, e, segundo uma testemunha, Aparecido estava em um bar quando João, com quem tinha uma desavença estava chegando, então decidiu ir embora. Alguns metros à frente, João Albino teria se aproximado com o fusca e passado por cima de Aparecido, dando a volta na contramão na Av. Itália e passado novamente sobre o homem, fugindo logo depois.

Na manhã de terça-feira, 27, o advogado contratado por João Albino compareceu à delegacia informando que ele iria se apresentar à polícia e pediu para o delegado aguardar uma hora e meia, pois este estava fora da cidade e demoraria para se deslocar. Enquanto isso, família e amigos de Aparecido Seabra se reuniriam na frente da delegacia para aguardar sua chegada. “Se não o prenderem nós teremos que fazer a justiça”, disse a filha do falecido.

Ao ter notícias de que o homem teria avançado pelo pedágio entre Espírito Santo do Turvo e Santa Cruz, os policiais se dirigiram ao local para acompanhá-lo até a CPJ, porém, a gasolina do fusca acabou próximo ao posto Paloma e a espera pelo acusado foi longa. Por volta das 13h, o fusca foi deixado no plantão da polícia civil, no Centro, e João acompanhado de seu advogado foi levado para prestar depoimento dentro da viatura. Ele foi recebido aos gritos pelos presentes no local, que foram trancados para fora para garantir sua segurança. Após o depoimento, João Albino foi liberado para responder em liberdade uma vez que se apresentou à polícia e não foi pego em flagrante. À reportagem da Band FM, João disse que passou em cima de Aparecido “sem querer”, e que Aparecido o ameaçou com uma faca no bar. “Ele correu atrás de mim com a faca, queria me matar. O fusca não mudava de marcha eu acelerei e atropelei ele sem querer”. Ele ainda negou que havia passado novamente por cima do homem, afirmando que ele se levantou e acabou batendo no retrovisor.