Delegado lamenta falta de policiais, mas faz balanço positivo em 2018

Jornal Atual

Apesar da falta de policiais, o delegado responsável pela Central de Polícia Judiciária de Santa Cruz do Rio Pardo, Renato Caldeira Mardegan, faz uma avaliação bastante positiva do ano de 2018 para a Polícia Civil da cidade. “Graças à dedicação e empenho da nossa equipe, a avaliação é positiva. Vários policiais se aposentaram, e aconteceram poucas contratações, mas ainda assim a avaliação é positiva”, disse.

O delegado ressaltou que praticamente todos os crimes foram resolvidos, e o que mais chamou atenção em 2018 foi um feminicídio no Jardim Santana, quando Everton Begueto assassinou a sua ex-companheira Jéssika Brito, com vários golpes de faca, ele está preso.

Mardegan também ressaltou o grande aumento nas ocorrências de estupro. “Esse aumento de ocorrências não é só em Santa Cruz, pois agora, se um homem passar a mão em uma menor, já é considerado estupro, então por isso o aumento deste tipo de ocorrência”, explicou.

O ano de 2018 foi bastante complicado no setor de RG, pois os funcionários deste setor trabalharam praticamente o ano todo no caso Sueli Feitosa. “Infelizmente por falta de funcionários, tivemos que colocar o responsável por esse setor no caso Sueli Feitosa, e em 2019 ele se aposenta, tomara que esse problema possa ser resolvido, pois a demanda no setor de identidade é muito grande”, relata.

O caso Sueli Feitosa também foi tema do balanço. “Foi um ano que passamos debruçados em cima de documentos, graças a Deus estamos concluindo os trabalhos, e assim que terminar o recesso vamos enviar tudo para o Ministério Público, é um caso muito complexo, e continuamos aguardando a prefeitura nos passar o valor desviado. Estamos bastante ansiosos pelo fim desta auditoria na prefeitura”, disse.

Renato avalia como muito boa a situação em equipamentos da Polícia Civil no município, viaturas, armas, e equipamentos de ponta em informática. “Nesse ponto estamos muito bem, mas falta gente para trabalhar com esses equipamentos”, pontua.

Questionado se pudesse fazer um pedido para o novo governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), o delegado não pensou duas vezes. “Pediria policiais com certeza, se tivéssemos aqui mais 10 investigadores e quatro escrivães, muito gente não iria dormir nesta cidade”, finalizou.