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Santa-cruzense realiza trabalho voluntário em Brumadinho

Publicada dia 04/02/2019 às 12:53:06

Reprodução

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A santa-cruzense Natália Pinheiro Guimarães, terapeuta e especialista em terapias orientais, está em Brumadinho (MG) realizando trabalho voluntário com as famílias, vítimas e profissionais de resgate envolvidos na tragédia.

A profissional saiu de Santa Cruz do Rio Pardo na terça-feira, 22, e depois de 20 horas de viagem chegou em Brumadinho. “Chegando você passa por uma entrevista e eles te direcionam para o setor de trabalho, existem o setor de médicos, veterinários, fisioterapeutas e terapias alternativas, o qual eu participo”, detalha.

Natália conta que existem pessoas de todo o Brasil ajudando no local de forma voluntária. “Infelizmente já faz uma semana desde a tragédia, então está difícil acharem pessoas com vida, mas não podemos perder a esperança”, relata.

A terapeuta está, na maior parte de seu tempo, atendendo profissionais que fazem parte da equipe de resgate, em alguns vídeos, ela relata quase 26 horas sem conseguir dormir. “Estamos trabalhando também com familiares que estão sofrendo com desequilíbrio emocional. Realizamos terapias pós-trauma, um tratamento, um conforto, porque perder bem materiais é uma coisa e perder seres humanos é outra, os dois juntos é sofrer em dobro”, afirma.

Outro ponto para a profissional é a importância de voluntários que não sejam da região. “Os profissionais que são da cidade possuem parentes que estão envolvidos na tragédia, mortos ou desaparecidos, então o psicológico deles está muito abalado e a nossa importância é estar aqui para ajudá-los”, explica.

Em outros vídeos e relatos, Natália mostra missas, grupos de oração e cultos ecumênicos que estão sendo realizados no local e acompanha declarações de autoridades para familiares e para a imprensa. A profissional pretende voltar para Santa Cruz na próxima semana.

Brumadinho fica na região metropolitana de Belo Horizonte, a pouco mais de dez horas (872 km) de Santa Cruz do Rio Pardo. A cidade foi atingida por uma tragédia causada pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, na sexta-feira, 25. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia Vale e parte da comunidade da Vila Ferteco, deixando mortos e desaparecidos.