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Da TV para Santa Cruz, Chef Bertolazzi fala sobre gastronomia e reality

Publicada dia 28/12/2017 às 17:41:14

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Ele passou por Santa Cruz do Rio Pardo e aterrorizou todos que lhe serviram, desde o churrasqueiro ao cozinheiro da confraternização da De Cabrón Chillis, empresa em que ele possui um molho de pimenta próprio com seu rosto estampado nos rótulos. Estamos falando do renomado chef de cozinha Carlos Bertolazzi.

Descendente de italianos e formado em Administração, Bertolazzi transformou sua paixão pela gastronomia em profissão, e saiu do país para trabalhar ao lado dos melhores chefs do mundo.

Estudou Gastronomia no Piemonte, norte da Itália. Em 2005, estagiou no Flipot, restaurante italiano com duas estrelas Michelin. Logo em seguida, trabalhou no Alto e no Falai, ambos em Nova York.

Em 2007, venceu um concurso e estagiou no célebre El Bulli, do premiadíssimo Ferran Adriá – o papa da nova cozinha espanhola, mentor de uma geração inteira de chefs. De lá, foi para o Piemonte, em Alba, onde passou pelo restaurante Piazza Duomo, de Enrico Crippa, um dos melhores restaurantes do mundo pelo conceituado ranking “The World’s 50 Best Restaurants”.

Ao voltar para o Brasil, foi convidado por Juscelino Pereira para abrir o Zena Caffè, em 2009. O nhoque Zena, um dos pratos mais famosos do restaurante, ganhou como o melhor nhoque da cidade pelo caderno Paladar, do Estadão, em 2013. Sua coxinha recheada com carne de pato ganhou o prêmio de melhor comida de rua da revista Prazeres da Mesa, em 2014.

O chef ainda se desloca por São Paulo e por todo o Brasil em eventos. É contratado do SBT e participa dos programas “Fábrica de Casamentos”, e “Cardápio Surpresa” (quadro do Programa da Eliana), já foi apresentador do Hell’s Kitchen Brasil, do reality BBQ Brasil e do Homens Gourmet na Estrada. Além disso, é autor do livro “iChef: Histórias e Receitas de um Chef Conectado”. Atualmente, Bertolazzi é chef-proprietário do restaurante Zena Caffè, em São Paulo.

Com exclusividade, o Atual bateu um papo descontraído com o chef durante a confraternização da empresa, em que assina o molho Jack'n'Cola, leia:

Atual – Como é estar aqui no interior paulista?

Carlos - Já são quatro anos de parceria e eu demorei para vir para cá conhecer as pessoas que produzem a pimenta. É importante olhar no olho de quem faz com que esse produto chegue ao supermercado, então aproveitei e vim correndo.

Atual - Como foi a experiência de assinar um molho de pimenta?

Carlos – Eu sou fã de pimenta (mostrando uma tatuagem de uma malagueta) e participando de feiras, conheci a De Cabrón. Achei uma empresa diferenciada porque eles se preocupam com a embalagem e vi um conceito com toda essa história que eles criaram para o produto sem apelar para ficção. Nós estávamos muito determinados e acabou dando certo.

Atual – Já pensa em novos projetos e produtos?

Carlos - Sempre tem algo em mente, a gente não para, eles têm a cabeça criativa e eu também, bem provável que não pare por aqui.

Atual - Como foi sair da cozinha e entrar para o entretenimento televisivo?

Carlos - Eu já trabalho em programas desde 2010, mas a televisão aberta dá uma visão muito maior, então aumentou a minha visibilidade depois do SBT, mas eu entrei sempre no papel de chef de cozinha, eu amo gastronomia e fiz uma fusão dos dois. Gosto de televisão porque não gosto de rotina e ela me coloca sempre em situações diferentes. Mas olha que engraçado o faro que a De Cabrón tem, fizeram a minha pimenta e a do (Henrique) Fogaça antes de nós entrarmos para a televisão aberta.

Atual – As pessoas te olham diferente por ser um chef de televisão?

Carlos - Eu entro em qualquer restaurante e já dá um impacto gigante, parece que eu vou avaliar tudo, os garçons se movimentam, os cozinheiros olham pela janelinha, o cara do chope fica preocupa com a espuma e temperatura, mas é fato que ninguém precisa estar no papel de crítico para avaliar, se estiver ruim a gente para de comer na hora.

Atual – Atualmente há uma tendência maior para os homens se envolverem na gastronomia?

Carlos – Existia um conceito de que a mulher tem que fazer a comida do dia a dia e o homem apenas a profissional, mas hoje não tem essa regra, existem excelentes chefs mulheres e os homens assumiram a cozinha de casa. Mas ainda acredito que o jantar feito pelo homem deve ficar para momentos especiais e em datas comemorativas como forma de demonstrar seu carinho. Mas o sexo não determina nunca se a comida é boa ou ruim.

Atual – Quais são os projetos para 2018?

Carlos – Gravaremos a segunda temporada de Fábrica de Casamentos e existem novos projetos engatilhados relacionados à gastronomia para televisão e redes sociais. Abriremos a quarta casa Buffet Bertolazzi no Morumbi e pretendo expandir a linha de assinaturas em produtos, já tenho massas, pimenta e agora um que vai agregar a prateleira de molhos de pimentas, que permanece em segredo.