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Uso de tecnologia é novo caminho na educação

Publicada dia 24/08/2018 às 12:30:19

Laura Teixeira

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Na era digital e com os jovens sendo bombardeados de informação por todos os lados, o ensino tradicional em que o aluno fica horas sentado no mesmo local pode parecer entediante. Percebendo essa discrepância entre o mundo atual e o da sala de aula, alguns professores buscam inovar e utilizar a tecnologia a seu favor. Aplicativos desenvolvidos para o ensino, vídeos, sites e até mesmo WhatsApp para passar tarefas são algumas das ferramentas que dois professores de Santa Cruz vêm usando.

Professor de física e matemática, Jorge Salaro gosta de utilizar aplicativos de mensagens para passar listas de exercícios, avisos e tirar dúvidas. Jorge ressalta que o uso de celular na escola depende de cada instituição. “Onde é proibido tento cumprir a regra à risca, em instituições que são mais abertas, uso o WhatsApp com os alunos e faço combinados com eles para o uso de forma consciente em sala de aula”, diz.

Sobre a educação estar parada no tempo, Jorge acredita que alguns pontos do ensino sejam atemporais, como concentração e disciplina. “Neste aspecto a tecnologia tem atrapalhado um pouco. Os alunos não são mais estáticos, e o professor não é mais a única fonte do saber, mas é necessário que haja um condutor com jogo de cintura para ensinar os pontos importantes e completar o processo”, explica.

Além do aplicativo de mensagens, Jorge utiliza documentários, aplicativos educacionais e softwares para complementar suas aulas. Jorge acredita que o uso da tecnologia em sala de aula seja o novo caminho da educação.

Aprendizado

O professor de biologia e química Carlos Eduardo Gonçalves explicou que o conteúdo pode ser transmitido ao aluno de diferentes formas. Pode ser por meio de aula expositiva, livro didático, e também por meio de tecnologias da informação e da comunicação.

Eduardo sente diferença no interesse e aprendizado dos alunos quanto utiliza destas ferramentas tecnológicas visuais. “A dificuldade da química é trabalhar com aquilo que o aluno não consegue enxergar. O bom de usar alguns aplicativos é conseguir que algumas coisas fiquem mais palpáveis e a química acaba fazendo um pouco mais de sentido. Assim, o aluno consegue entender este mundo que ele não consegue ver, o mundo em escala atômica, molecular”, argumenta.

O professor revelou que está começando a trabalhar uma nova perspectiva de tecnologia em sala de aula. Ele irá utilizar hardwares de baixo custo (placas de arduino) que fazem a automação de alguns processos. Eduardo exemplifica que há sensores de arduino que, junto com lógica de programação e sensores adequados, consegue encontrar variáveis físicas como pressão e temperatura. “Este tipo de ensino é muito relacionado a questão de robótica na sala de aula. Estou tentando introduzir isso nas aulas. Com isso, aquelas fórmulas absurdas que envolvem cálculos farão muito mais sentido e o aluno passará a ser uma espécie de cientista dentro da escola. A grande sacada da educação é que o aluno tenha este momento em que o conhecimento passa a fazer sentido na vida dele de forma orgânica. Ele passa a descobrir o mundo através disso”, afirma.