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Perfil traz entrevista com exorcista e delegada de defesa da mulher

Publicada dia 26/06/2019 às 12:09:22

Laura Teixeira

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O programa Perfil do grupo Atual trouxe nas últimas duas semanas entrevistas com o padre exorcista da Diocese de Bauru, Rubens Zani, e a delegada da mulher de Santa Cruz do Rio Pardo, Isabel Bertoldo.

O monsenhor Rubens chegou a contar em sua entrevista, episódios que já viveu durante sua vida de exorcista. “Eu já joguei água benta em feridas e vi aquilo ferver na pele da pessoa. Um caso que me recordo muito bem é de uma menina que chegou a flutuar a 30 centímetros do chão da igreja”, conta.

Para Rubens, os filmes de terror não representam a realidade. “Eles falam que qualquer pessoa pode fazer o rito, em qualquer lugar e não é assim. Eles mostram que quem está perto pode ser ‘contaminado’, mas o demônio não é um vírus, não é assim que funciona. Eles estão mais preocupados com efeitos especiais do que com a realidade”, detalhou.

O padre afirmou que o número de exorcismos está crescendo e que algumas atitudes como tatuar o corpo são perigosas. “A juventude está muito descrente e sem seguir uma religião. Atitudes como colocar piercing ou fazer tatuagens são perigosas porque você derrama sangue para alguém que não conhece”, justificou.

Já a entrevista da delegada Isabel Bertoldo buscou falar mais sobre crimes contra a mulher. “Quando a mulher busca a delegacia é porque ela já não aguenta mais a situação em que está vivendo. Nós buscamos tratar do social antes que aquilo vire crime, devemos cuidar do crime pequeno para não se tornar algo grande”, pontua.

A delegada mostrou que em 2018 foram instaurados 259 inquéritos e foram relatados 307 inquéritos de violência contra a mulher em Santa Cruz. Só no ano passado foram pedidas 200 medidas protetivas. “Até maio de 2019 já instauramos 125 e relatamos 160 inquéritos, com mais de 80 pedidos de medidas protetivas”, mostrou.

Sobre as novas leis que favorecem a mulher, como por exemplo, a Lei do Minuto Seguinte e a lei que facilita o divórcio para vítimas de violência, a delegada considerou avanços. “Recomendamos sempre que as mulheres falem a verdade, sejam transparentes. Algumas, muitas vezes por medo, acabam deixando de relatar sua real situação”, recomendou.

Os episódios podem ser conferidos na integra através das plataformas digitais do Atual.