Café: uma das bebidas mais consumidas no mundo tem diversas preparações

Carol Leme

Para quem não dispensa um cafézinho ao acordar ou durante o dia, saiba que não está sozinho nessa. O café, que é originário da África, mas espalhado pelo mundo pelos holandeses, chegou ao Brasil em 1727, vindo como uma das grandes atividades econômicas do Brasil na época. Desde então, a bebida ficou popular entre os brasileiros. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 79% das pessoas consomem café atualmente.

A barista e empresária Camila Martelozzo conta que existem aproximadamente 14 métodos de extração de café. E dentre estes tipos, ela considera que o brasileiro tem seu favorito. “O café coado é um dos métodos mais populares no país, e pode-se utilizar o filtro de papel e até o mesmo coador de pano. Este modo apresenta características únicas em sua bebida, não encontradas em outros métodos”, revela.

Camila considera que apesar do sucesso do café filtrado, os outros tipos têm conquistado mais espaço nas cafeterias e agradado o paladar dos clientes. Como por exemplo, o café expresso, marcado pelo seu sabor forte.

Para Carolina Ramalho, também barista e empresária, o sabor da bebida parte da escolha dos tipos de grãos, que segundo ela, existem dois: o arábica e o robusta (conilon), sendo este primeiro com 50% menos cafeína. “Os grãos devem ser preferencialmente moídos na hora porque em torno de 20 minutos eles começam a oxidar, perdendo a qualidade”, afirma.  Além disso, o modo como é preparado é importante e faz a diferença no sabor. “É necessário cuidado com a água, pois, ela representa de 95% a 98% de uma xícara de café. Os recipientes que preparam também devem ser escaldados”, ensina.

Devido à variedade das bebidas há também utensílios que fazem parte da preparação específica de cada um. Carolina fala sobre a Aeropress, uma infusora portátil por pressão manual, que usa a técnica de infusão de café prática e rápida. “A Aeropress parece uma grande seringa. É composta de sete peças, que, juntas, trabalham para produzir um café de aspecto intermediário entre expresso e filtrado. Extrai-se a bebida por meio de uma pressão do ar, feita manualmente. O café passa por um filtro fino de papel ou metal e é servido no próprio recipiente”, explica a barista.

Os produtos usados profissionalmente não têm muitas diferenças comparados aos usados em casa, mas para as cafeterias, as produções são importantes e fogem um pouco do comum. Como exemplo a utilização do “Cléver ou Hario”, um tipo de suporte para filtro de papel. Camila detalha como é o processo feito por ele. “O filtro controla, através de um tampão no fundo, a água e o tempo dela em contato com o pó. Seu formato lembra o tradicional, mas a diferença é que funciona com os princípios de imersão total para extrair o café, ou seja, ao invés da água descer sem obstáculos pelo filtro, o pó de café fica imerso na água quente por dois minutos ou mais”.

Ela conta também que, o café expresso também é querido por muitos, uma vez que traz qualidade e sabor acentuado. “O café é feito através da passagem de água quente, mas sem ferver, sob alta pressão pelo grão moído. Para isso, precisa de máquinas que aumentam a pressão dessa passagem, e o grão moído é aproveitado em toda sua essência, assim o líquido fica com muito mais consistência do que o café coado”.

Segundo Carolina, as preparações mais simples de café podem gerar outras bebidas, como por exemplo, o cappuccino. “É feito com café expresso e leite vaporizado, que é a crema do leite, há também o cappuccino em pó, que resulta em uma bebida mais cremosa com um paladar mais adocicado”.

O café é uma bebida muito versátil, pode ser consumido de várias formas, como puro, com leite, cappuccino, gelados, e até mesmo em receitas doces e salgadas.