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Santa Cruz é a terceira cidade do Estado que mais desempregou neste ano

Publicada dia 27/04/2019 às 13:53:43

Thaís Balielo

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O cidadão santa-cruzense não tem muito que comemorar nesta semana do feriado nacional do Dia do Trabalho. Santa Cruz do Rio Pardo fechou 1.342 vagas formais de emprego no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério da Economia. O município está na terceira posição das cidades que mais desempregaram no Estado de São Paulo, ficando atrás apenas de Matão que demitiu 2.010 pessoas e Bebedouro que registrou uma queda de 4.452 empregos formais.

O setor que mais perdeu vagas formais em Santa Cruz do Rio Pardo segundo o Caged foi o da agropecuária, extração vegetal, caça e pesca, registrando uma demissão de 1.450 pessoas e contratação de apenas 141 profissionais, gerando um saldo negativo de 1.309 vagas.

Um levantamento feito pelo Atual mostrou que o Posto de Atendimento ao Trabalhador de Santa Cruz do Rio Pardo possui uma média de oito vagas de emprego ofertadas diariamente, sendo a maioria delas rotativas, ou seja, a substituição de antigo funcionário e não a criação de um novo cargo. A busca por cada vaga é de até 50 desempregados. Para a maioria dos empresários, o problema está na qualificação dos profissionais.

Em nível nacional, o Brasil fechou 43.196 vagas formais de emprego em março. Segundo o secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, o resultado negativo de março não significa um pessimismo com a retomada econômica.

O secretário diz que ainda é cedo para dizer se a economia neste ano está pior que no ano passado. “Esses resultados só serão concretizados em abril e maio, quando se terá clareza da confiança do empresário na atividade”.

Segundo Dalcolmo, a aprovação da reforma da Previdência, que passou na noite de terça-feira, 23, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, pode melhorar a expectativa dos empresários e favorecer a retomada de investimentos e contratações.

“A retomada é consistente, porém não é uma retomada acentuada, é tímida, que está em passo com o que está acontecendo com a economia de maneira geral. O país está aguardando as decisões sobre a nova Previdência. Enquanto isso, os investimentos estão sendo represados”.

Salário mínimo

O governo federal propôs um salário mínimo de R$ 1.040 para 2020, de acordo com o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgado pela equipe econômica.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 998. O reajuste, se aprovado pelo Congresso, começará a valer em janeiro do ano que vem, com pagamento a partir de fevereiro.

Com isso, deverá ser a primeira vez que o salário mínimo, que serve de referência para mais de 45 milhões de pessoas, ficará acima da marca de R$ 1 mil. Para os anos seguintes, o governo propôs um salário mínimo de R$ 1.082 em 2021 e de R$ 1.123 em 2022.

O valor do salário mínimo proposto pelo governo para o ano que vem, e para os anos de 2021 e 2022, tem correção somente pela inflação, ou seja, sendo a estimativa do governo para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC).