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No Dia do Trabalho não há muito que comemorar

Publicada dia 30/04/2019 às 09:25:12

Thaís Balielo

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Com aumento no desemprego, estagnação da economia e poucas oportunidades, o trabalhador não está podendo comemorar muito o Dia do Trabalho no próximo 1º de maio.

Na empresa de seleção de candidatos para vagas, Personal Recursos Humanos, Suédia Buzolin relata que o número de oferta de vagas não caiu em sua empresa, porém sentiu um crescimento na procura. Ela exemplifica que recentemente houve uma seleção para 11 vagas em uma empresa e foram mais de 300 candidatos.

“As empresas que sempre trabalharam com a gente continuam enviando vagas para seleção, mas o número de candidatos tem aumentado como um reflexo deste desemprego. Outro reflexo é que pequenos lojistas que não costumavam nos procurar para fazer seleção para vagas agora estão procurando. Isso talvez indique que não estão conseguindo lidar com a grande procura por emprego”, diz.

Suédia aconselha as pessoas a serem mais cautelosas neste período de incertezas que ronda o País. “Estamos em uma situação de insegurança, pessoas não sabem se investem ou se arriscam. Já os jovens são mais impulsivos e vejo muitos saírem do emprego querendo algo melhor, mas é preciso se programar para fazer algo deste tipo. Não se pode simplesmente sair do emprego de uma vez. É preciso programar o dinheiro para ficar um tempo sem renda, é preciso programar cursos de atualização ou especialização para a carreira que deseja seguir. É preciso planejar este “algo melhor” que se busca”, argumenta.

Suédia afirmou que a chave para esta situação de desemprego é estar atualizado. “Em uma situação de muitos candidatos para uma vaga, apenas os melhores conseguem emprego. Para estar entre estes melhores é preciso ser persistente e sempre buscar novos cursos e atualizações. Existem muitos cursos profissionalizantes gratuitos disponíveis em Santa Cruz e na internet”, garante.

 

Pessimismo e acomodação atrapalham carreira profissional

Profissional da empresa Personal Recursos Humanos, Suédia Buzolin afirma que alguns comportamentos pessimistas ou desmotivados atrapalham na hora de conseguir um emprego ou para subir na carreira quando já se está trabalhando. “As empresas querem um profissional proativo, que vai atrás, que busca, que resolve, que se comunica e que se atualiza”, garante.

“Claro que estamos em um momento de dúvida no País, mas as pessoas ficam esperando e não dá muita para esperar. O que a pessoa está fazendo para melhorar? É preciso querer crescer, querer melhorar. Uma atitude pessimista atrapalha muito na hora de entrar em uma empresa. Nas dinâmicas de seleção a gente identifica o pessimista claramente apenas com a linguagem corporal”, revela.

Além do pessimismo, o que atrapalha muito a vida profissional é a acomodação. Suédia fala do profissional que está desmotivado no emprego e não procura mudar a situação por acomodação. “Se não está satisfeito no emprego tem que procurar formas de melhorar, seja conversando com o chefe e explicando alguma situação que não está satisfeita, seja realmente procurando outro trabalho. Temos que procurar sempre trabalhar no que nos motiva. O trabalho não pode ser um peso, deve ser gratificante”, afirma.

Outra dica que Suédia deu para conseguir emprego ou se manter no trabalho é tomar cuidado com o que se posta nas redes sociais. “Hoje em dia grandes empresas possuem um profissional apenas para cuidar das postagens em redes sociais de empregados e candidatos a vagas. A pessoa tem direito de postar o que quiser em suas redes sociais, mas deve lembrar que é uma coisa que fica pública e pode ter consequências”, finaliza.