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Gosto por cervejas artesanais virou negócio de família

Publicada dia 28/01/2019 às 12:33:00

Thaís Balielo

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O advogado Rodolfo Scarme Simão, 25, começou a experimentar cervejas artesanais há alguns anos e foi se interessando pelo assunto. Ele pesquisou os tipos de cervejas, suas combinações, como são produzidas, e esse conhecimento acabou levando ele e as irmãs a montarem um negócio em Santa Cruz do Rio Pardo para vender este tipo de bebida. Ele relatou que tinha dificuldade em encontrar cervejas diferentes na cidade e percebeu aí um filão de mercado.

“Há alguns anos comprei uma cerveja diferente e gostei. Foi meu portão de entrada para as cervejas artesanais. Fui procurando cada vez mais, me aprofundando, conhecendo variedades e estilos. Então fui percebendo que é um mercado que está em grande expansão. O brasileiro está mudando a cultura de só consumir as cervejas de massa, ele está consumindo cervejas diferenciadas e aprendendo a degustar a bebida”, afirma.

Rodolfo relata que mesmo com certa dificuldade em encontrar cervejas diferentes em Santa Cruz, hoje em dia está bem mais fácil do que há alguns anos. “Antigamente era só cerveja de massa, agora teve uma crescente em cervejas artesanais, com bastante microcervejaria crescendo”, diz.

O advogado e agora comerciante explicou que para fazer o primeiro estoque de cervejas para abrir o negócio procuraram as mais bem avaliadas e variedade de estilo. “Temos de trigo de diversas marcas, tem a cerveja inglesa que é mais maltada, tem a stout com sabor de chocolate, lembrando que não é uma cerveja doce. Também trabalhamos com a Belga que é uma escola de cerveja muito renomada. Para conseguir bons preços procuramos trabalhar diretamente com o fornecedor e as marcas brasileiras tentamos direto com a fábrica”, revela.

Estilos – Rodolfo recomenda ainda a utilização dos copos específicos para cada estilo de cerveja, principalmente na cerveja de trigo. “O copo grande serve para colocar toda a garrafa no copo e não deixar o fundo da cerveja na garrafa, pois é onde fica o fermento. A cerveja de trigo tem a fermentação dentro da garrafa, diferente de outros estilos”, exemplifica.

Rodolfo diz que existem muitos estilos de cerveja e cada pessoa gosta de um. As cervejas mais amargas são as IPAs e as New England IPA. “Essas são bem amargas no primeiro gole, mas depois costumam ter um retrogosto frutado que é bem agradável”, garante.

Sobre combinações com alimentos ele afirma que também existe muita variedade. “A Stout, por exemplo, combina bastante com sobremesa. As de trigo vão melhor com uma comida mais leve, com queijos. Uma cerveja como a Duvel é clássica e vai bem no churrasco. A Guiness também fica melhor junto de doces”, aconselha.